Startups brasileiras expõem projetos na feira SXSW, nos EUA

Casa Chassi, da startup Hometeka: sistema modular desenvolvido permite que as casas sejam entregues pré-montadas em cerca de um mês e meio.

Economia
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iniciais de desenvolvimento. Conheça a história de três delas.

 

Lemonade

 

Thiago Krieck, fundador da Lemonade, mostra um slide com a linha do tempo prevista para sua empresa. Em 2019 está prevista a expansão internacional, mas o aplicativo da Lemonade nem sequer foi lançado.

 

Este ambicioso empreendedor de Blumenau, Santa Catarina, desenvolveu uma plataforma para que empresas se relacionem com seus consumidores usando tecnologias de ponta sem ter de começar do zero. Em vez de desenvolver, lançar e promover seus próprios aplicativos, diz Krieck, as empresas podem criar e hospedar suas campanhas de marketing no app Lemonade.

 

“A ideia é reduzir muito o tempo entre a elaboração e o lançamento”, afirma Krieck. “Hoje, esse processo pode levar meses. Com o Lemonade, podemos fazer uma campanha em dias.” O objetivo de médio prazo é treinar e certificar as agências de publicidade para que elas próprias possam desenvolver conteúdos para a plataforma.

 

A Lemonade vendeu 10% do seu capital por 3 milhões de reais de investidores privados, o que equivale a um valor de mercado de 30 milhões de reais. O aplicativo será lançado no segundo semestre.

 

Hometeka

 

Hometeka é o novo nome do Bim.bon, um dos maiores marketplaces de arquitetura e decoração do país. Mas a empresa de Belo Horizonte veio a Austin para mostrar uma nova linha de negócios que tem poucos bits mas muitos átomos: a construção de casas pré-fabricadas. Leandro Araújo, um dos fundadores da Hometeka, diz que o sistema modular desenvolvido pela empresa permite que as casas sejam entregues pré-montadas em cerca de um mês e meio.

 

A ideia é que o cliente personalize o projeto no site – escolhendo módulos de sala, quartos, cozinha e assim por diante -- e a casa é entregue completa, incluindo as partes hidráulica e elétrica. Uma casa de 81 metros quadrados custa 175 000 reais, excluindo a fundação e o frete. O produto foi lançado há seis meses e, até agora, foram vendidas três, diz Araújo.

 

A Hometeka veio ao South by Southwest para “medir a temperatura da água”, nas palavras de Araújo, e segundo o empreendedor a resposta do público tem sido de muito interesse. Além disso, a empresa está sondando investidores americanos. A Hometeka já recebeu 4,3 milhões em duas rodadas de investimentos de risco e planeja uma terceira para este ano.

 

Biosoftness

 

A promessa da Biosoftness é trocar o desodorante por um novo tipo de amaciante de roupas. Ou quase isso, diz João Jönk, um adolescente de 19 anos que fundou a startup. A família de Jönk tem uma empresa do ramo têxtil – a HJ Tinturaria, uma das maiores tinturarias industriais da América Latina --, e Jönk decidiu entrar no negócio pelo lado da tecnologia.

 

A BioSoftness aplica ao amaciante nanopartículas desenvolvidas pela catarinense Nanovetores, cujos produtos são usados pela indústria de cosméticos. As nanocápsulas são impregnadas no tecido durante a lavagem e ativadas pelas enzimas do corpo presentes no suor. Elas contêm extratos de plantas antimicrobiais, que impedem a proliferação de bactérias. “As nanopartículas duram dois dias. Estou usando esta camiseta há três sem problema algum”, diz Jönk.

 

Um dos objetivos da tecnologia é aumentar a vida útil das roupas, pois elas podem ser lavadas menos vezes, diz Jönk. O amaciante da BioSoftness ainda estão em fase de testes, e o plano é lançá-lo ainda no primeiro semestre em lojas de varejo de roupa, inicialmente.

 

Jönk quer acelerar a empresa logo, pois em setembro ele volta aos Estados Unidos estudar administração de empresas. Ele cursou um ano de engenharia mecânica no Imperial College, de Londres, mas agora quer ser empreendedor.

 

 

 

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