Suposto uso de armas químicas em Mosul é crime de guerra

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“Isso é horrível”, disse em comunicado a coordenadora humanitária no Iraque, Lise Grande. “Não existe justificativa alguma para o uso de armas químicas”, acrescentou.

O suposto ataque ocorreu esta semana no leste de Mosul, numa área declarada completamente libertada pelas forças iraquianas em janeiro. O ataque atingiu uma vizinhança ao longo do Rio Tigre.

Médicos em um hospital na cidade vizinha de Arbil disseram que começaram a receber pacientes que mostravam sintomas de exposição a armas químicas na quinta-feira.

“Um morteiro atingiu nossa casa, bem no meio da sala de estar onde estávamos sentados”, disse Nazim Hamid, cujos filhos tinham queimaduras na face, nos braços e pernas. A família está sendo tratada no hospital de Arbil. “Havia um cheiro muito ruim, algum tipo de gás”, afirmou. “Meus filhos foram afetados e estão com dificuldades para respirar”.

Hussein Qader, vice-diretor do hospital, afirmou que 10 pacientes foram admitidos com sintomas parecidos e estão em condição estável, podendo ser liberados nos próximos dias.

O Estado Islâmico usou armas químicas no Iraque e na Síria ao menos 52 vezes, de acordo com um relatório publicado no ano passado pelo IHS, um grupo de monitoramento e inteligência sediado em Londres. O relatório afirma que ao menos 19 desses 52 ataques ocorreram em Mosul.

Oficiais iraquianos e da coalizão liderada pelos Estados Unidos expressaram repetidamente preocupação com ataques com uso de armas químicas.

A maior parte do lado oeste de Mosul ainda está sob controle do Estado Islâmico apesar de uma série de avanços das forças iraquianas nas últimas duas semanas. Campanha de ataques aéreos comandados pela coalizão liderada pelos Estados Unidos tem sido essencial para assegurar a tomada de territórios, mas também resulta na morte de civis e destruição de infraestrutura.

 

 

 

 

 

Fonte:Estadão Conteúdo

Reditado para:Noticias do Stop 2017

Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP

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