Depois da sua passagem por Seul neste fim-de-semana, o Presidente americano chegou ontem à noite em Tóquio onde decorre amanhã a cimeira com os seus aliados da zona do Pacífico. Para além do país anfitrião, o Japão, participam neste encontro juntamente com Joe Biden, a Índia e a Austrália cujo novo Primeiro-Ministro, Anthony Albanese, vencedor das legislativas deste fim-de-semana e investido esta manhã, vai fazer a sua estreia no cargo durante esta cimeira.
Neste 'Quad', Diálogo Quadrilateral sobre segurança recém-formado no ano passado, está em jogo uma maior cooperação entre os aliados nomeadamente no campo da segurança, na zona da Ásia-Pacífico face à China.
Antes mesmo do encontro entre os quatro aliados, durante a sua conferência de imprensa conjunta com o chefe do governo japonês com quem esteve reunido esta manhã, Joe Biden declarou que o seu país poderia vir a usar a força para defender Taiwan em caso de invasão chinesa.
Ao ser questionado sobre esta eventualidade, o chefe de Estado americano explicitou que o seu país "concordava com a política de uma só China, mas que a eventualidade de Taiwan ser tomada à força, não é apropriada". Joe Biden considerou ainda que "os chineses estão a brincar com o fogo ao voar tão perto de Taiwan".
Neste sentido, o Presidente americano referiu que pretende cooperar com Taiwan, nomeadamente no sector das tecnologias de ponta. Joe Biden também deu conta da sua intenção de reforçar a estratégia do seu país na Ásia, numa altura em que Tóquio pretende, por seu lado, desenvolver as suas capacidades militares no âmbito da sua aliança com os Estados Unidos, uma vez que o Japão estaria em primeira linha em caso de invasão de Taiwan.
Para além do recado a Pequim, Biden não esqueceu Moscovo. Ao prometer que a Rússia "vai pagar o preço a longo prazo" pela "barbárie na Ucrânia", em termos de sanções, o Presidente americano reforçou que "se as sanções não fossem mantidas, que sinal iria ser enviado à China, sobre o custo de uma tentativa de invasão de Taiwan?".
A par deste tom firme relativamente ao pelouro diplomático, Joe Biden referiu que embora não tenha intenção de relançar os grandes acordos comerciais que existiam com a China, ele encara a possibilidade de levantar algumas barreiras alfandegárias, recordando que não foram impostas pela sua administração.
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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