O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lu Kang, disse que acredita que os EUA manterão seu compromisso com esse princípio, pelo qual o único governo chinês reconhecido pelo governo americano é o de Pequim, o que afasta Washington das aspirações independentistas de Taiwan.
“Somente assim podemos garantir a continuidade do desenvolvimento da cooperação de benefício mútuo entre ambas as partes”, advertiu Lu em entrevista coletiva, após o recente contato telefônico de Trump com a presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen.
Após a conversa entre Trump e Tsai na sexta-feira, que rompeu quase quatro décadas de política externa cuidadosa dos Estados Unidos em relação à China, Pequim apresentou uma queixa formal às “partes relevantes” americanas, mas o porta-voz descartou hoje oferecer mais detalhes.
Lu se limitou a assinalar que o regime chinês apresentou seu protesto em Pequim e em Washington e, diante da insistência dos jornalistas, considerou que é fácil decifrar “quem é a parte relevante”.
“Acredito que a parte americana, incluída a equipe de transição do senhor Trump, tem claro conhecimento de nossa postura”, assegurou o porta-voz, sem mencionar quais os contatos que foram realizados entre o governo chinês e o presidente eleito.
O porta-voz também não quis comentar os “tweets” publicados por Trump no domingo, nos quais o magnata investiu novamente contra a China em meio às críticas que recebeu por seu contato com a líder taiuanesa na última sexta-feira.
“Não temos nenhum comentário sobre o que motivou Trump a publicar esses tweets”, comentou Lu.
A conversa telefônica entre Trump e Tsai provocou o primeiro conflito diplomático com a China e gerou otimismo em Taiwan, que hoje pediu ao governo chinês que não reagisse de forma exagerada a esse contato.
A busca de melhores laços com os Estados Unidos não vai contra o compromisso de paz e estabilidade nas relações com a China, disse hoje em uma entrevista coletiva improvisada a ministra do Conselho de Assuntos da China Continental (CACC) de Taiwan, Chang Hsiao-yueh, antes de participar de um comitê parlamentar.
O governo taiuanês não tem a mais mínima intenção de voltar “ao caminho anterior de antagonismo” com a China e não se unirá a um país para atacar outro, acrescentou Chang, em referência ao fato de que a ilha não voltará à política de enfrentamento com a China, como durante a presidência de Chen Shui-bian (2000-2008), e que não vai colaborar com os Estados Unidos contra os interesses da China.
O telefonema de felicitação da presidente de Taiwan a Trump não deve ser visto pela China como algo incomum, disse Chang.
Fonte:EFE
Reditado para:Noticias Stop 2016
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