Ataque a Beirute: governo libanês acusa Israel de prejudicar a paz no Médio Oriente

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Ministro da Informação interino do Líbano fala em "ataque às iniciativas de boa vontade, aos esforços de pacificação e aos entendimentos.". Em Haifa, no norte de Israel, residentes temem retaliação do Hezbollah.

O governo do Libano reuniu-se um dia depois de Israel ter lançado um ataque letal contra Beirute, com um porta-voz do executivo libanês a avisar que o ataque prejudica a paz no Médio Oriente.

As autoridades militares israelitas afirmam que a ofensiva matou um comandante de topo do Hezbollah, alegadamente responsável por um ataque mortal com rockets nos Montes Golã, controlados por Israel.

Ziad Makari, Ministro da Informação interino do Líbano:

“O bombardeamento dos subúrbios do sul de Beirute é um ataque às iniciativas de boa vontade, aos esforços de pacificação para a calma e aos entendimentos.", declarou Ziad Makari, ministro da Informação interino do Líbano.

"Continuaremos a trabalhar para salvar o nosso país e proteger a nossa sociedade de qualquer perigo, afirmando que o Líbano não procura a guerra, mas sim a preservação da dignidade do seu povo e da sua soberania sobre a terra, o mar e o ar, sem comprometer os seus direitos.”, acrescentou Makari.

"O inimigo israelita cometeu uma grande estupidez em termos de dimensão, momento e circunstâncias ao atingir uma zona inteiramente civil”, disse Ali Ammar, funcionário do Hezbollah, à televisão Al-Manar.

“O inimigo israelita pagará um preço por este ato, mais cedo ou mais tarde”, atirou.

O ataque atingiu um apartamento no sul de Beirute, matando quatro pessoas e ferindo 80, segundo o Ministério da Saúde do Líbano.

“Por volta das 7h45, houve um ataque, não de um avião. Era um foguete de um drone. Foi o primeiro ataque. E 10 segundos depois, veio o segundo ataque. E a área ficou cheia de gente. Como podem ver, esta é uma zona cheia de residentes”, salienta Abbas Alaa Eddine, residente local.

Receio no norte de Israel
Os residentes de Haifa, no norte de Israel, estão preocupados com a potencial retaliação do Hezbollah e a possibilidade de o ataque israelita precipitar um conflito mais alargado.

“As pessoas estavam basicamente à espera, durante todo o ano passado, do início de uma guerra muito maior. E talvez esta seja a deixa para que ela comece”, diz Shimon Sabayev, residente em Haifa.


Israel e o Líbano têm trocado ataques quase diários nos últimos 10 meses, tendo como pano de fundo a guerra em Gaza.

O Ministério da Saúde do Líbano informou que o ataque de terça-feira num subúrbio do sul de Beirute feriu 74 pessoas, algumas delas gravemente. Os feridos foram levados para hospitais próximos.

O Hospital Bahman, perto do local da explosão, apelou à doação de sangue.

 

 

Fonte:da Redação e da euronews
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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