A audiência demorou quase três horas e as acusações de Eva foram expostas diante do juiz.
Carneiro acusa o Chelsea de demissão construtiva – quando o empregado se demite devido a um ambiente hostil criado pelo empregador – e discriminação sexual. Antes da audiência, a médica buscava a volta do seu cargo no clube, compensações pela discriminação sexual de Mourinho e pelos danos pessoais ocasionados pelo time.
Carneiro e Mourinho se desentenderam logo na primeira rodada do Barclays Premier League desta temporada, na partida contra o Swansea City. O treinador ficou irritado com a decisão da médica de entrar no campo e tratar o jogador Hazard durante o final da partida.
Após investigação, a Associação de Futebol Inglesa (FA) inocentou Mourinho de ter usado linguagem sexista com a Carneiro. A médica, contudo, reclamou que a FA não a convidou para ouvir o seu depoimento sobre o caso. “Eu fiquei surpresa quando descobri que a FA estava supostamente investigando o incidente de 8 de agosto (data do jogo contra o Swansea) através da imprensa. Eles não me convidaram para depor”. O Chelsea não se pronunciou sobre o caso.
O julgamento foi marcado para junho, após o fim do Campeonato Inglês. Mourinho pode ser convocado para o tribunal, sob multa de mil libras no caso de ausência. Se a médica ganhar o processo, Mourinho poderá ter de pagar uma indenização altíssima para a Eva Carneiro.
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