
O coronel Mamady Doumbouya, que lidera a junta militar que governa actualmente a Guiné Conacri, disse no sábado à noite que o período de transição para a democracia será de 39 meses indo assim contra as indicações da CEDEAO que pediam eleições rapidamente para restabelecer a democracia no país.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental, CEDEAO, pedia seis meses, e os militares da Guiné Conacri decidiram 39. É este o período de transição apresentado ontem à noite pelo coronel Mamady Doumbouya, que após o golpe de Estado de Setembro que derrubou o Presidente Alpha Condé está à frente da Guiné Conacri.
"De todas as consultas que tivemos a vários níveis, saiu uma proposta consensual que a transição deverá durar 39 meses", disse o militar numa mensagem gravada para a televisão à nação.
Nos últimos meses, a junta tem promovido diversos encontros com forças políticas e a sociedade civil. No entanto, estes encontros são muito contestados pela maior parte dos partidos políticos do país, com a Frente Nacional pela Defesa da Constituição a denunciar que estas consultas "são muito parecidas com a actuação" do Presidente deposto, Alpha Condé, pedindo que a "ordem constitucional normal" volte ao país.
A CEDEAO tinha dado como data limite para a apresentação de uma mapa de transição o dia 25 de Abril, mas a junta militar entendeu que só ontem estavam reunidas as condições para a apresentação de um mapa político claro para o regresso à democracia, multiplicando por seis o número de meses recomendados pelos Estados da CEDEAO.
Antes de anunciar este prazo, o Governo já tinha avisado que não seria controlado nem seguiria as regras de ninguém, apenas do povo guineense. Segundo o porta-voz do Governo, Ousmane Gaoual Diallo, os guineenses mostraram-se durante anos contra a liderança do Presidente Alpha Condé, mas essas constestações nunca foram ouvidas pela comunidade internacional.
A 5 de Setembro, apenas em poucas horas, os militares derrubaram, sem recorrer a violência, Alpha Condé que estava no poder há dez anos. Os militares tomaram as ruas de Conacri com recurso a armas e o chefe das forças especiais, o coronel Mamady Doumbouya, anunciou ter destituído o Presidente.
Em Janeiro, Alpha Condé, saiu do país com o acordo da junta militar para seguir tratamentos médicos nos Emirados Árabes Unidos, tendo regressado à Guiné Conacri há cerca de três semanas.
Fonte:da Redação e da rfi
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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