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Eleições na Guiné-Bissau: Segunda volta num clima de tranquilidade

Eleições na Guiné-Bissau: Segunda volta num clima de tranquilidade

Africa
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Alternância Democrática (MADEM G-15), na segunda volta das presidenciais.

Mais de uma centena de observadores internacionais acompanharam o processo de votação, que decorreu em todo o território nacional, num clima de tranquilidade, com as mesas de assembleias de voto a serem abertas às 07h da manhã e encerradas às 17h locais.

Os dois candidatos à segunda volta votaram nas primeiras horas da manhã em lugares distintos e distantes um do outro. O candidato do PAIGC votou na capital, enquanto o de MADEM G-15 exerceu o seu direito cívico em Gabú, no leste do país, a 200 quilómetros de Bissau.

Simões Pereira, que foi acompanhado por dezenas de apoiantes, desde a sua residência até à assembleia de voto, espera que os resultados eleitorais contribuam para a construção da concórdia nacional.

"Que o resultado seja a expressão da vontade do povo guineense, e que a partir daí sejamos capazes de propor construir a concórdia nacional, para que o nosso país possa renascer".

Denúncia

Por seu turno, Umaro Sissoco Embaló, depois de ter votado, denunciou aos jornalistas que havia urnas com boletins que estavam a ser preenchidos no Ministério do Interior e lançou um apelo: "Exortamos que o Ministério do Interior não é lugar para votar, o lugar é aqui. Se as urnas estão lá, que as arrecadem, o que será melhor para toda a gente".

No entanto, a denúncia foi imediatamente desmentida pelo Ministério do Interior. Num comunicado, o órgão afirma que as declarações do candidato do MADEM-G15 são "falsas e absurdas" e diz que as mesmas são "destituídas de qualquer fundamento e prova".
Ainda de acordo com o comunicado do Ministério do Interior, as declarações do candidato Sissoco Embaló têm por objetivo "denegrir a imagem e o bom nome da instituição, cuja missão é a de garantir segurança eleitoral".

Resultados na quarta-feira

Entretanto, depois da votação, vive-se ambiente tranquilo nas ruas de Bissau e os guineenses continuam a aguardar com expetativa a divulgação dos resultados provisórios, que só serão conhecidos na quarta-feira, 01 de janeiro, conforme anunciado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

A secretária-executiva da comissão, Felisberta Moura Vaz, lembrou que a CNE é a única entidade competente para divulgar os resultados. Um apelo foi lançado a toda a comunidade nacional e internacional, em particular às candidaturas concorrentes e órgãos de comunicação social.

Na primeira volta das presidenciais, realizada a 24 de novembro, a taxa de abstenção foi de 25, 63%, o que constitui a preocupação da CNE e dos candidatos, que fizeram vários apelos para que a taxa de participação fosse maior na votação deste domingo.

Desfecho pacífico

Apesar do ambiente tenso na campanha eleitoral para a segunda volta, o analista político, Rui Landim, ouvido pela DW África, espera um desfecho pacífico do processo eleitoral.

"Espero que haja um desfecho como tem sido sempre. E que se houver reclamações a fazer, que se faça por via pacífica e por via legal. Existem instituições para isso, desde CNE, até chegar ao Supremo Tribunal de Justiça", ressaltou.

Observaram a segunda volta das eleições presidenciais guineenses os membros da União Africana (UA), da Comunidade Económica de Desenvolvimento dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa (CPLP), dos Estados Unidos de América (EUA) e do Parlamento britânico. A avaliação destas missões até agora é positiva.


Fonte:da Redação e com angonoticias.com
Reeditado para:Noticias do Stop 2020
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Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP/Estadão

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