Os agentes acompanharam os oficiais de diligência, que cumpriam uma sentença do Tribunal Provincial de Luanda, de 23 de Novembro passado. A juíza Zinaida da Costa Mendes, da 1.ª Secção do Cível e Administrativo, confirmou o esbulho violento dos referidos complexos, com mais de 60 apartamentos, pelo referido general e sua família, e ordenou a restituição imediata das propriedades.
Segundo testemunhas oculares, o general António Francisco de Andrade afirmou durante várias horas que dali não sairia, porque “Eu sou general!”.
Chamou o seu advogado, Fumwathu Gahuma Guilherme, que foi instrumental na montagem da burla e falsificação de documentos que permitiram ao general apoderar-se das propriedades, que na verdade pertencem, em mais de 90 por cento, a investidores estrangeiros.
De acordo com as mesmas testemunhas, o advogado propôs aos oficiais de diligência e aos agentes da Polícia Nacional a negociação de um meio termo, para que o general não fosse despejado à força.
Como cedência, a força pública permitiu que o general deixasse um dos seus guardas na cancela do complexo Isha, onde residem os seus dois filhos, a procuradora Natasha Andrade Santos e o capitão Miguel Kenehele Andrade. Este último detém formalmente uma participação de sete por cento na sociedade proprietária dos complexos habitacionais, mas a família Andrade havia escorraçado os investidores estrangeiros, e ficou com tudo.
Os investidores estrangeiros estão a encetar diligências para que a procuradora, recentemente suspensa pela sua participação na burla, e o irmão paguem rendas pelos apartamentos que ocupam, ou então sejam despejados também. O mesmo deverá acontecer ao advogado Fumwathu Guilherme, que instalou o seu escritório no segundo complexo, Pina.
Fonte da Noticia:angonoticias.com