Mil e 200 toneladas diário de combustível Heavy Fuel Oil (HFO), utilizado para produção do clinquer é a quantidade que a fábrica de cimento China International Fund (CIF necessita para o funcionamento pleno das duas linhas de produção, que compõem
esta cimenteira, localizada na comuna de Bom Jesus, em Luanda.
Desta quantidade de combustível necessária, a maior fábrica do país tem adquirido pelo menos, a partir da Refinaria de Luanda, 400 toneladas deste produto por dia, volume que limita o funcionamento pleno das duas linhas de produção em simultâneo.
Perante esta situação, derivada da fraca capacidade no fornecimento do HFO da Refinaria de Luanda, a cimenteira está a funcionar somente com uma linha, que tem produzido cerca de cinco mil toneladas/dia de cimento, quantidade que constitui a sua capacidade instalada.
Com as duas linhas a funcionar em pleno, a CIF terá uma produção diária de dez mil toneladas de cimento, facto que pode contribuir na diminuição do preço deste produto, indispensável à construção civil, segundo fez saber o seu director-geral, Brain Hai You Ming.
O responsável, que falava no final de uma visita de constatação do Ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, referiu ainda que, além das dificuldades que têm na aquisição do HFO suficiente para a fábrica, a cimenteira também depara-se com o problema de energia eléctrica, que tem exigido maior custos na compra do combustível diesel para abastecer a central eléctrica da CIF.
Por outro lado, o ministro da Construção e Obras Públicas, Manuel Tavares de Almeida, garantiu que o Governo vai continuar a trabalhar no sentido de fornecer energia eléctrica e água às fábricas de materiais de construção, a partir da rede pública, visando a redução de custos de produção e consequentemente o preço destes produtos no mercado nacional.
O preço do cimento em alguns mercados de Luanda está a registar uma diminuição nesta semana, passando de dois mil e 300 kwanzas para mil e 700 por cada saco de 50 quilogramas, fruto da retomada de produção da CIF, que ficou paralisada cerca de seis meses, por falta do HFO.
A redução do preço do cimento surge ainda na sequência das medidas tomadas pelo Executivo angolano, em parceria com a Refinaria de Luanda, que começou, desde o dia 10 deste mês, a efectuar os primeiros carregamentos de HFO às unidades fabris.
Com o funcionamento pleno das cinco cimenteiras existentes no país, designadamente, as fábricas da CIF, Nova Cimangola, Fábrica de Cimento do Kwanza Sul (FCKS), Secil (em Benguela) e Cimenforte (Benguela), Angola conta com uma capacidade de produção de cimento de 8,6 milhões de toneladas/ano.
Com esta capacidade, o país passa a ser auto-suficiente na produção deste produto, tendo em atenção que as necessidades do país rondam as seis milhões de toneladas/ano.
Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017
