com a electrificação dos municípios de Mbanza Congo, Soyo e Nzeto e prossegue com Cuimba, Nóqui e Tomboco.
O governante avançou esses dados quando fazia a apresentação do processo de construção do Ciclo Combinado do Soyo, numa cerimónia em que o vice-presidente da República, Manuel Vicente, descerrou a placa e inaugurou a infra-estrutura.
De acordo com João Baptista Borges, a electrificação da província só é possível com a existência do Ciclo Combinado do Soyo, na sequência do Plano de Segurança Energética, aprovado em 2011, que estabeleceu até 2025 uma capacidade de produção de nove mil MW, dos quais 66 porcento derivado do sistema hídrico, 21 de gás natural, correspondendo a cerca de 1900 MW e os restantes 13 porcento a partir da energia diesel, solar e biomassa.
Com a aprovação do Plano Nacional 2013-017, explicou, foram concluídas as obras estruturantes para a satisfação energética e o projecto de construção do Ciclo Combinado Soyo, que teve início em 2014.
Para si, a introdução desta central no sistema eléctrico permite a adição de 750 MW e a compensação de irregularidades hidrológicas, assim como a redução da utilização do diesel.
O sistema de transporte complementar, associado a esta central, compreende, cerca 1320 quilómetros de linha de "muito alta tensão", ou seja, do nível de 400KW, alta tensão de 220 KV, interligando o Soyo com Mbanza Congo, Nzeto, Capari, Catete, Camama e Ramiros.
João Baptista Borges referiu também dos benefícios indirectos do Ciclo Combinado do Soyo, tais como a potenciação das actividades económicas e produtivas, favorecendo a diversificação da economia.
Destacou a geração de 3200 empregos, quer na construção da central quer no sistema eléctrico associado, bem como a formação de 199 jovens que asseguram a manutenção da central e das subestações.
Em função das obrigações sociais do ciclo combinado, informou que está a ser construída uma escola, com 14 salas de aulas, no município do Soyo e foi disponibilizado um volume de nove milhões de dólares a título de micro-créditos para potenciar actividades económicas
O embaixador da República Popular da China em Angola, Cui Aimin, presente na cerimónia, felicitou Angola pela criação da infra-estrutura, tendo afirmado que o empreendimento vai evitar de forma efectiva a insuficiência da capacidade de energia no norte do país, assim como vai servir o desenvolvimento económico global para melhoria de vida do povo angolano.
Dados técnicos indicam que este processo de produção de energia diminui a emissão de gases poluentes, promove a diversificação da matriz de geração eléctrica nacional, além de compensar a redução de energia produzida nas centrais hídricas, no período seco e garantir continuidade e fiabilidade do serviço.
Com uma potência total de 750 MW a instalar, com 500 MW para o ciclo simples com turbinas a gás e mais 250 com turbinas a vapor (perfazendo o ciclo combinado), na central há quatro turbinas a gás e alternadores de 125 MW, quatro caldeiras de recuperação de calor para geração de vapor, duas turbinas a vapor e um alternador de 125MW e serviços e sistemas auxiliares.
No ciclo combinado, os gases resultantes da combustão do gás atingem temperaturas superiores a 500 graus centígrados. Estes são aproveitados numa caldeira de recuperação de calor onde se produz vapor usado para accionar uma turbina a vapor, que irá optimizar o rendimento e consequentemente.
O ciclo combinado vai abastecer em alta tensão, fora do Zaire, as subestações de Nzeto-Capari 1, com 191 quilómetros (km) de linha, Nzeto-Capari 2, 191 km, Catete-Viana, com 38 km, Capari-Catete 1, com 56 km, e Capari-Catete2, com a mesma quilometragem de linha.
Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017