O responsável avançou essa informação à imprensa, no final da sua apresentação de balanço da década da referida empresa, ressaltando que este valor resulta da facturação da actividade produtiva interna como a venda, fundamentalmente, de bilhetes, serviços de transportação de cargas e de aluguer de algum certo imobiliário que possuem.
Referiu estarem a transportar em media anualmente a nível de Luanda cerca de três milhões de passageiros e 50 mil toneladas de carga, o que permite dizer que, independente de todas as dificuldades e da crise que o país vive, as suas actividades não pararam.
Disse que o sector ferroviário cresceu muito, pois, após o fim da guerra conseguiu-se restabelecer as infra-estruturas ferroviárias em todo país, com as três empresas do sector a conseguiram relançar a sua actividade e permitir que a circulação dos comboios hoje fosse um facto a nível dos Caminhos-de-Ferro de Luanda (CFL), Caminhos-de-Ferro de Benguela e Caminhos-de-Ferro de Moçâmedes (CFM).
“Se as pessoas andarem um pouco por Luanda, Cuanza Norte e Malanje verão que os comboios circulam e funcionam normalmente, transportam pessoas, cargas, o apito hoje em dia se faz sentir nas 28 estações que compreendem este grande perímetro de Luanda a Malanje que circunscreve 424 quilómetros”, acrescentou.
Salientou que a facturação é razoável, embora para a empresa haja preocupação de se melhorar as tarifas que actualmente se praticam, em que o capital é intensivo e é preciso que se apliquem tarifas que possam corresponder aos custos.
Explicou que os custos na transportação ferroviária são altos, sendo por isso preciso arrecadar receitas para governar a empresa. “ Em Angola, o Governo tem assumido o ónus e pratica-se tarifas que visam particularmente satisfazer as populações mais carentes e, por esta razão, entre Catete e Luanda o passageiro ainda paga a módica quantia de 30 kwanzas por viagem”, enfatizou.
“Temos que trabalhar para reajustar os preços, para que nos possamos conformar com os nossos custos de produção, mas podemos dizer que a facturação tem estado a melhorar de ano para ano” frisou.
Apontou que a melhoria da facturação decorre, sobretudo, da aquisição de mais meios circulantes e melhoria das infraestruturas.
Acrescentou que vão surgir mais condições que permitirão transportar mais passageiros, com a duplicação da via, abertura de uma nova linha que irá ligar o Bungo ao novo aeroporto, cujas obras já tiveram início e poderam durar eventualmente de 18 a 24 meses.
Com estas condições, Celso Rosa augura a triplicação do número de passageiros que transportam em Luanda diariamente e poderão ter uma maior capacidade de satisfação daquilo que é hoje a procura a nível dos transportes ferroviários.
Avançou que o Governo investiu e criou uma infraestrutura para que os caminhos-de-ferro de Luanda pudessem ter em Catete, o Centro de Formação Ferroviário, que será inaugurado brevemente, visando fundamentalmente criar condições para que nele os trabalhadores se formem, superem e capacitem.
Fonte:da Redação e Por Angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017