O Novo Jornal Online contactou o porta - voz do comando provincial da polícia em Luanda, inspectorchefe Mateus Rodrigues, que garantiu que a polícia está a par do crime e que os Serviços de Investigação Criminal já estão a investigar o caso.
Segundo os familiares, a jovem vivia com a avó, no Bairro do Prenda, onde também estudava, regressando ao Cassequel, onde moram os pais, todos os fins de semana. Ana Mateus, de 19 anos, foi encontrada estrangulada no interior de uma residência abandonada, por volta das 5h:30 de domingo, dia 18, a 30 metros da casa onde vivem os progenitores.
"Não ouvimos barulho nessa madrugada, os cães nem sequer ladraram, é muito estranho" disse António José, um vizinho que vive próximo do local onde a rapariga foi encontrada.
Teresa Muhongo, tia da vítima, disse ao Novo Jornal Online que, nesse dia, a sua sobrinha terá recebido um telefonema do namorado quando saía da casa de uma colega de escola na Samba, onde parava com frequência antes de regressar a casa: "Ela recebeu um telefonema do namorado a pressionar para dormirem juntos nessa noite.
Segundo as amigas, já eram 22 horas quando isso aconteceu. As amigas ainda a acompanharam até ao táxi e ela prometeu-lhes que daria um sinal quando chegasse, coisa que não aconteceu".
"Não estamos a acusar o rapaz, porque ele até se comportava muito bem com a nossa sobrinha" acrescentou a tia.
Imaculada Muhongo, mãe da vítima, contou que a sua filha não tinha problemas com ninguém do bairro e não se lembra de ouvir relatos de discussões com o namorado: "Ele tem sido um bom jovem para com ela, e segundo os resultados da autópsia ela não foi abusada sexualmente nem espancada. Nem sei de quem desconfiar".
Moradores do Bairro da Terra Vermelha, onde foi encontrada sem vida Ana Mateus, disseram ao Novo Jornal Online que o bairro é muito violento há vários anos e que não se nota a presença da polícia.
"Aqui é assim, os bandidos mandam a qualquer hora e quando lhes apetece" declarou Manuel Adão, de 39 anos, morador do bairro há mais de 20.
António Fortunato, também morador na zona, disse que existem vários perigos no bairro: "Há jovens marginais que não são daqui mas têm este bairro como seu refúgio por causa da desorganização e falta de policiamento", lamentou Fortunato, de 47 anos.
O Novo Jornal Online apurou no local que se trata do sétimo caso de mortes envolvendo jovens. Dos sete casos, este é o único em que a vítima não foi abusada sexualmente e também o primeiro ocorrido este ano.
O porta-voz do comando provincial da polícia em Luanda não estabeleceu nenhuma relação entre este crime e os anteriores.
Fonte:da Redação e Por angonoticias
Reditado para:Noticias do Stop 2017