Esta afirmação é do ministro da Assistência e Reinserção Social, Gonçalves Muandumba, em declarações nesta quinta-feira à imprensa no âmbito da Conferência Nacional de Desminagem que decorre em Luanda de 22 a 23 do mês em curso.
De acordo com o governante este é um grande desafio para o Executivo pelo tempo que resta, uma vez que este processo ficou afectado devido à crise económica que o país vive.
Referiu que apesar da situação menos boa do ponto de vista financeiro o Executivo continuou a priorizar recursos para que as brigadas de desminagem não parassem a sua actividade.
Destacou o papel desempenhado pelas organizações não governamentais internacionais no processo de desminagem no país com destaque para os esforços desenvolvidos no Huambo com vista a tornar em 2018 esta região livre de minas.
Gonçalves Muadumba realçou que Angola possui os equipamentos, em termos de concentração, mais modernos a nível internacional em que alguns foram fabricados tendo em conta os solos e o tipo de minas implantadas no país.
Questionado sobre a actual situação da desminagem no país, o ministro afirmou que os dados globais apresentados são bastante animadores que rodam em 50 porcento a execução no país 15 ano depois da conquista da paz, facto que demonstra que foi efectuado um esforço muito grande.
Deu como exemplo os caminhos-de-ferro em que a estimativa feita por muitos países era que seriam necessários 20 anos para serem desminados na sua totalidade, mas os três caminhos- de-ferro existentes no país já funcionam na sua plenitude.
Sublinhou que sem desminagem não há circulação nem desenvolvimento por isso o lema à conferência “ Angola livre de minas, rumo ao desenvolvimento”.
Reforçou que para a consolidação da paz e da democracia a desminagem joga um papel fundamental porque ela permite a circulação de pessoas e bens, intercâmbio e reencontro das famílias e a recuperação de infra-estruras e a consequente realização de grandes projectos ligados à industria, agricultura entre outros.
Entretanto o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queirós, afirmou que o sector que representa foi um dos grandes beneficiários da desminagem.
Afirmou que a actividade geológica se efectua preponderantemente nos solos e tornava-se imperioso que os mesmos fossem desminados a fim de permitir a exploração dos mineiros existentes no país.
Destacou a acção desenvolvida do projecto Catoca na província da Lunda Sul o qual permitiu pôr em funcionamento um dos maiores kimberlitos do mundo, produzindo significativos recursos financeiros para o país.
Em 2002 estimava-se que no país estavam implantadas 12 milhões de minas sendo considerado na altura como um dos países mais minados no mundo.
Na conferência estão a ser abordados temas como a situação geral da desminagem, o impacto da desminagem na diversificação da economia, a assistência e reinserção às vitimas de minas.
Educação e prevenção sobre o risco de minas, financiamento do programa nacional de desminagem e cumprimento da Convenção de Otawa e dimensão internacional do programa de desminagem, são temas igualmente em abordagem.
Participam na conferência representantes de várias organizações internacionais que participam no processo de desminagem no país, sapadores das 18 províncias do país, membros do Executivo, entidades eclesiásticas, entre outras individualidades.
Fonte:da Redação e Por angonoticias
Reditado para:Noticias do Stop 2017