Dólar volta a valorizar nas ruas de Luanda e chega a ser vendido a 390 kwanzas

Dólar volta a valorizar nas ruas de Luanda e chega a ser vendido a 390 kwanzas

Angola
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Depois de algumas descidas desde finais de março e de chegar a ser vendida a 360 kwanzas (1,90 euros) na última semana, cada nota de dólar norte-americano voltou a subir na cotação informal de rua, face à semana anterior.
Na segunda quinzena de março, cada dólar chegou a ser vendido pelas 'kinguilas' de Luanda, como são conhecidas as mulheres que se dedicam à compra e venda de divisas, a 340 kwanzas (1,80 euros), mínimos do ano.
Hoje foi possível encontrar em Luanda quem vendesse cada dólar entre os 380 e os 390 kwanzas, conforme os bairros da capital, como São Paulo, Mutamba e Mártires de Kifangondo.
Ainda assim, estes valores contrastam com o pico de 500 kwanzas (2,70 euros) por cada dólar dos primeiros dias de janeiro, no mercado de rua.
Atualmente, mantêm-se as limitações no acesso a divisas nos bancos, inclusive nas contas em moeda estrangeira, situação que torna a venda paralela, para muitos nacionais e estrangeiros, a única forma de aceder a dólares ou euros em Angola.
A taxa de câmbio oficial definida pelo Banco Nacional de Angola (BNA) cifra-se há mais de um ano em cerca de 166 kwanzas (90 cêntimos de euro) por cada dólar, quando antes do início da crise provocada pela quebra das receitas com a exportação do petróleo, ainda em 2014, era de 100 kwanzas (55 cêntimos).
A atividade das 'kinguilas' foi condenada em abril pelo governador do BNA, advogando o seu fim: "Não podemos ter, no nosso país, determinadas ruas que definem a referência do preço, onde se vendem dólares ou euros. Não podemos ter este nível de fluxo financeiro no mercado informal, que tem um grande impacto sobre o sistema financeiro; não podemos ter o nível de uso de notas que temos estado a ter", justificou Valter Filipe.
As taxas de rua já estiveram próximas dos 600 kwanzas por cada dólar em agosto e julho, depois de máximos de 630 kwanzas em junho, face à falta de dólares nos bancos.
Angola vive desde finais de 2014 uma profunda crise financeira e económica decorrente da quebra para metade nas receitas com a exportação de petróleo, tendo desvalorizado o kwanza, face ao dólar, em 23,4% em 2015 e mais 18,4% ainda no primeiro semestre de 2016.

 

 

 

 

 

 

Fonte:Da Redação com angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2017

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