cidadãos.
Cortes, desintegração do filete metálico e perda da consistência do papel constituem alguns dos sinais visíveis de desgaste apontados pelos cidadãos à reportagem da Angop, que os abordou sobre o estado de conservação, aceitação das moedas metálicas e acerca da recente entrada em circulação das novas notas de 10 e 5 kwanzas.
A opinião dos entrevistados é divergente quanto às causas da degradação ou do mau estado de conservação das notas de 50, 100 e 200 kwanzas. Para uns, a qualidade do papel com o qual se fez é inferior, comparada às notas que saíram de circulação – 14 anos em vigor.
Essa é a opinião perfilhada pelo técnico de pedreira, Manuel Gonçalves. Para si, as notas actuais são muito leves e rasgam com facilidade relativamente às anteriores.
Partilhou da mesma opinião, a kingila (cambista) Esperança Jorge, que considerou as notas em causa de pouco resistente.
“Se essas notas forem, eventualmente, imersas em água aí é que elas perdem mesmo a força e a cor”, exemplificou a interlocutora.
Outros indicam a maior e rápida circulação das notas de menor valor facial como o principal factor de desgaste, justificando que os particulares e comerciantes usam mais as cédulas de 50,100 e 200 kwanzas nas suas transacções, principalmente para troco.
Defende essa posição, a vendedeira de rua Leonora Eduardo, que considera as notas pequenas como meios de pagamentos que mais “rolam” de mão em mão.
Se olharmos para a nossa realidade, disse ela, grande parte do dinheiro circula nas mãos das pessoas para efectuar pagamentos.
Por exemplo, os taxistas diariamente, isto é, desde as primeiras horas do dia até à noite, recebem pagamentos e dão trocos. Esse movimento ou circulação é com notas pequenas e é constante. Daí a degradação, justificou.
Por sua vez, a assistente administrativa, Jurelma Sumba, a degradação das notas de menor valor tem a ver com o mau uso e também com o tempo considerável em circulação.
Corrobora dessa opinião a lojista Delfina Matos, que entende, igualmente, que o Estado já devia substituí-las ou introduzir novas notas.
A propósito desta matéria, a directora de comunicação do Banco Nacional de Angola (BNA), Amélia Borja Neto, disse à Angop que quando as notas estão velhas ou em mau estado de conservação, o Banco Central retira-as por via dos depósitos efectuados pelos bancos ou quando um cidadão se dirige directamente ao BNA.
“ Quando os bancos fazem depósitos no BNA, as notas velhas por regra já não voltam à circulação”, explicou a gestora, que se escusou em responder outras questões, por entender que a melhor via seria endereçar correio com as questões para melhor resposta.
Quanto à circulação das moedas metálicas, a generalidade dos entrevistados disse que aceita com naturalidade como meio de troca, porém afirmaram que têm preferência pelas notas de papel por serem mais cómodas e fácil de transportar.
Durante as entrevistas, os cidadãos também teceram considerações sobre as novas notas de 10 e 5 kwanzas que entraram recentemente em circulação. Uns disseram que ainda não viram, mas outros que já e que a nota de AKz 10 se confunde coma nota de mil kwanzas.
Outros ainda criticaram o facto de não se dar a conhecer a introdução das novas notas de 5 e 10 kwanzas.
Sobre a questão da introdução das novas notas, o BNA informou em 2013 que seriam introduzidas de modo progressivo em circularão por via dos bancos comerciais.
O BNA colocou em circulação a 18 de Fevereiro, a nova família do Kwanza, num programa que iniciou com a disponibilização à sociedade das moedas metálicas de 50 cêntimos, AKz 1, AKz 5 e 10 AKz.
Entretanto, as notas de valor facial de 50,100, 200, 500, 1000, 2000 e 5000 kwanzas só começaram a circular no período de 22 de Março a Junho de 2013.
Fonte:Angonoticias
Reditado para:Noticias do Stop 2017