Carolina Cerqueira comentava, em declarações à Lusa, a III Mesa Redonda sobre "Mbanza Congo, Cidade a Desenterrar para Preservar", que se realiza segunda e terça-feira, na capital da província angolana do Zaire, no norte de Angola.
Segundo a ministra, a realização desse encontro decorre de uma recomendação do evento anterior, em 2007, contando o ato com a participação de 51 técnicos nacionais e estrangeiros, provenientes dos Estados Unidos da América, Portugal, República Democrática do Congo, República do Congo, Gabão, Camarões e Cabo Verde.
"Para voltarmos a resgatar as informações, os valores, o acervo que temos em relação ao património que constitui Mbanza Congo, cidade a desenterrar e pensamos que todo este valor vai agregar a importância à argumentação que nós vamos levar para o ano para a Unesco para começarmos o processo de classificação, de discussão, para Mbanza Congo poder ser considerado no futuro património da humanidade", disse a ministra.
A ministra considerou este evento "um passo importante, porque vai permitir a disseminação, a discussão, a constatação ?in loco` e abertura a especialistas de todo o mundo, que vão interagir com os especialistas, os pesquisadores, peritos nacionais, para efetivamente Angola criar um quadro de base e de referência que servirá para apresentação, para discussão e para defesa da sua candidatura".
Questionada sobre a contestação de um historiador angolano em relação à data de fundação de Mbanza Congo, ano de 1439, baseado nos resultados de escavações efetuadas, Carolina Cerqueira disse que é do seu conhecimento a reclamação, mas o ministério está aberto a todo tipo de contribuições.
"Efetivamente tem havido informações díspares, mas nós sabemos que a história é assim mesmo, a investigação, a pesquisa é que nos vai levar a conclusões, por isso que é importante esta mesa redonda, porque estarão sobre a mesa uma agenda vasta de discussões, de temas, entre os quais consta efetivamente a discussão sobre a origem, o início da cidade de Mbanza Congo", apontou.
Acrescentou que para essa discussão "vão contribuir os peritos da região do antigo Reino do Congo", oriundos dos países vizinhos da República do Congo e da República Democrática do Congo.
"E vamos continuar a discussão, todas as opiniões são válidas quando argumentadas, há peritagens, há formas de avaliarmos até que ponto é que essas datas coincidem ou não com a realidade e vamos esperar o que a ciência nos vai dizer", realçou.
Para este encontro está agendada a discussão de temas como "O Reino do Kongo, Evolução Histórica", "O Centro Histórico de Mbanza Kongo e o seu Património Material e Imaterial", "Kongo e a Diáspora", e "Preservação do Centro Histórico de Mbanza Congo e os Novos Desafios".
Fonte:Angonoticias
Reditado para:Noticias Stop 2016