escolas. Responsável da Educação garante que “ninguém será abandonado”.
Mais de 24 mil estudantes deverão abandonar, ainda este ano, os quartéis militares e unidades policiais onde frequentam aulas do segundo ciclo do ensino secundário (da 10.ª à 11.ª classe).
A notificação já tinha sido anunciada, no início deste ano, pelo comandante do Exército, general Lúcio do Amaral, que, segundo o chefe do departamento do Ensino Geral de Luanda, Orlando Lundoloki, “ordenou que os alunos fossem retirados das unidades militares”. A justificação do exército é que as escolas nos quartéis tinham sido criadas apenas para garantir que, após o período de guerra, alguns militares pudessem frequentar aulas de alfabetização e outros prosseguissem com os estudos.
A decisão de encerrar as escolas, comunicada ao Gabinete de Educação de Luanda, ‘veio à baila’ novamente durante o conselho de direcção alargado realizado na semana passada. O anúncio já foi submetido à mesa do governador provincial, Higino Carneiro, que, até ao momento, ainda não reagiu à notificação do comandante do Exército Nacional. “O assunto foi remetido no governo da província e, até ao momento, não há qualquer resposta do governador de Luanda que oriente, com precisão, sobre os passos a serem dados”, reforça Orlando Lundoloki.
A intenção da retirada das escolas das unidades militares não vai afectar apenas os 24 mil alunos. Mais de 800 professores também aguardam por uma decisão sobre as escolas para onde seguir. No entanto, o responsável do Ensino Geral de Luanda tranquiliza, quer os alunos, quer os professores, porque “já estão a ser acauteladas as preocupações e todos os alunos poderão ser transferidos para outras escolas existentes na capital ou para outras em construção”. “Já foram feitas sugestões ao governo provincial e já existe um quadro para a mobilidade dos alunos. Vamos procurar acautelar que, ao saírem dos quartéis e unidades policiais, os alunos encontrem um espaço onde possam continuar a formação, salvo aqueles cujos encarregados queiram levar para outras escolas”, esclarece aquele responsável. “Temos escolas em construção que poderão albergar alunos.”
Só para militares
A ideia de criação de escolas em unidades militares surgiu há pouco mais de 15 anos, quando se sentiu a necessidade de alfabetizar militares que não tiveram essa possibilidade durante o período de guerra.
o as salas não eram totalmente preenchidas, os quartéis passaram a admitir também civis que começaram a estudar junto com os militares. Encontram-se ainda nesta condição as escolas da Guarnição Militar de Luanda ’17 de Dezembro’; da Força Aérea Nacional (FAN) – ‘21 de Janeiro’; da Unidade de Protecção de Individualidades Protocolares (UPIP); da Polícia de Intervenção Rápida (PIR) ‘4 de Junho’; da Escola de Formação da Polícia do Capolo; da Unidade Anti-Distúrbios (UAT); do Grafanil, entre outras.
Fonte:Angonoticias
Reditado para:Noticias Stop 2016