Por seu turno os partidos políticos da oposição dizem nunca ter recebido no parlamento qualquer documentação sobre as actividades do fundo criado para investir os lucros do petróleo.
O fundo é avaliado em cerca de cinco mil milhões de dólares.
Numa declaração a 22 deste mês, o Fundo negou que esteja envolvido em qualquer transacção ilegal, após notícias sobre as suas actividades reveladas no chamado escândalo dos “Panamá Papers”.
No seu comunicado, o fundo afirma que “lida com inúmeras entidades, instituições financeiras e de consultoria especializadas em diferentes áreas com mérito comprovados, sempre aprovadas por autoridades de supervisão e regulação das suas respectivas jurisdições”.
O professor universitário Agostinho Sicato socorreu-se de uma máxima popular para dizer que o Fundo deve mais explicações aos angolanos.
"Não há fumo sem fogo, e é necessário que o Fundo Soberano venha esclarecer detalhadamente estes escândalos (...) que mancham a imagem do país,' disse.
Outro especialista em economia, Galvão Branco, acredita que apesar da transparência ser exigida quanto ao Fundo, outras questões mais importantes deviam ser exigidas pelos cidadãos angolanos.
"Acho que o Fundo Soberano tem outros problemas a serem questionados pelos angolanos, como por exemplo o modelo de governação e a estratégia de aplicação (dos fundos)”, disse.
“Num momento em que vivemos uma crise, o Fundo não devia ter este modelo de gestão contrário aos praticados mundialmente,' disse
a deputada da UNITA Mihaela Webba.
'Nós nunca recebemos nenhuma documentação do Fundo Soberano,' acrescentou Webba.
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