O também ministro dos Negócios Estrangeiros e dos Assuntos Europeus da Bélgica, disse aos jornalistas no final do encontro que os dois países podem cooperar em vários sectores, mas com maior destaque para o dos diamantes.
"Como sabem, a Antuérpia é uma das cidades que tem essa predominância na recepção de diamantes e Angola tem essa potencialidade. Nós pensamos que seria muito importante que os dois países cooperassem", disse Didier Reynders. Quanto ao encontro que manteve antes com o chefe da diplomacia angolana, Georges Chikoti, o governante belga disse foi abordada a questão do reforço das relações bilaterais e de cooperação, tendo ficado assente a necessidade de encontros regulares no plano político e económico.
O chefe da diplomacia belga frisou, igualmente, a importância de um incremento no sector dos transportes, precisamente as ligações aéreas entre os dois países, através das companhias de bandeira belga, Air Bruxelas, e angolana, TAAG.
"Penso também que há novos sectores para o fortalecimento das nossas relações, nomeadamente as áreas das energias renováveis e o tratamento de água. Falamos também do reforço das nossas relações bilaterais, o diálogo político, uma vez que Angola vai realizar eleições no próximo ano", referiu o governante belga.
Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores de Angola, Georges Chikoti, disse que a visita a Luanda do seu homólogo belga é uma boa oportunidade para se realizar uma avaliação da cooperação existente entre os dois países.
Segundo Georges Chikoti, as economias de Angola e da Bélgica dispõem de valências capazes de potenciar o volume de negócios já existente e elevá-lo a outros níveis mutuamente vantajosos.
As relações político-diplomáticas e de cooperação entre os dois países datam de 1979 e foram formalizadas em 1983, com a assinatura do Acordo de Cooperação Económica, Técnico-científica e Cultural. Este acordo tem sido o principal guia jurídico da cooperação bilateral, que levou à instituição da Comissão Mista Bilateral Angola/Bélgica.
Georges Chikoti referiu que a última sessão de trabalho daquela comissão foi realizada há 24 anos, em Bruxelas. Esta interrupção não influenciou os resultados das relações entre os dois países.
"Contudo, os desafios que se colocam nos diversos domínios aconselham a que trabalhemos, cada vez mais, para que possamos manter a nossa cooperação ao nível das expectativas dos dois Governos", disse o ministro angolano. O vice-primeiro-ministro da Bélgica deixa hoje a capital angolana com destino à República Democrática do Congo.
Fornecido por:Angonoticias 2016 ( Stop.co.mz )