Pelo menos 50 chefes de Estado e de governos africanos vão estar na capital chinesa, até Sexta-feira, para participar no Fórum para a Cooperação China-África (FOCAC), que decorrerá sob o lema “Dar as Mãos para Promover a Modernização”, indicou a diplomacia chinesa.
No evento, que arranca nesta Quarta-feira, 04, em Pequim, a China vai procurar diversificar o comércio bilateral com África.
De resto, segundo a Lusa, os encontros já realizados entre o Presidente chinês, Xi Jinping, e homólogos africanos, foram marcados pelas promessas chinesas de investimento no continente, antecipando uma nova edição do Fórum para a Cooperação, um mecanismo de diálogo entre China e África, iniciado em Pequim, em 2000.
O fórum vai incluir uma cimeira empresarial, de acordo com a emissora estatal chinesa CCTV, terminando o evento com dois documentos: uma “declaração” e um “plano de acção” para orientar a cooperação China-África nos próximos três anos.
Desde 2000, este fórum tem crescido em importância, tornando-se um evento prioritário que acolhe delegações de alto nível de todos os países africanos, com excepção de Esuatini (antiga Suazilândia), que mantém relações diplomáticas com Taiwan e não com a China.
A segunda maior economia do mundo tem sido o maior parceiro comercial de África nos últimos 15 anos, com o volume de comércio a atingir um recorde de 282,1 mil milhões de dólares em 2023 (cerca de 256 mil milhões de euros). No primeiro semestre deste ano, o comércio bilateral atingiu 167,8 mil milhões de dólares (151,8 mil milhões de euros), de acordo com os meios de comunicação oficiais chineses.
No continente africano, os empréstimos substanciais de Pequim permitiram a construção de numerosos projectos de infra-estruturas, como caminhos-de-ferro, portos e estradas.
Ao longo das duas últimas décadas, a China enviou centenas de milhares de trabalhadores e engenheiros para África para construir estes grandes projectos e obteve acesso privilegiado aos vastos recursos naturais africanos, nomeadamente cobre, ouro e lítio.
No entanto, algumas vozes têm também criticado a estratégia do ‘gigante asiático’ no continente pelas chamadas “armadilhas da dívida”, face à alegada utilização estratégica da dívida para tornar os países africanos cativos dos desejos e exigências de Pequim.
O défice comercial de África com a China aumentou no ano passado para 64 mil milhões de dólares (cerca de 58 mil milhões de euros), embora a diferença tenha diminuído no primeiro semestre de 2024 graças ao rápido crescimento das importações chinesas de África.
Os empréstimos concedidos pela China a países africanos no ano passado atingiram o nível mais elevado dos últimos cinco anos, de acordo com uma base de dados da Universidade de Boston (EUA). Os principais países mutuários foram Angola, Etiópia, Egito, Nigéria e Quénia.
Mas o montante dos empréstimos – 4,61 mil milhões de dólares (4,2 mil milhões de euros) – está muito abaixo dos máximos atingidos em 2016, quando totalizaram quase 30 mil milhões de dólares (27 mil milhões de euros).
De acordo com analistas citados pela agência Lusa, o actual abrandamento económico na China está a levar Pequim a reduzir o investimento em África.
A cimeira desta semana tem também como pano de fundo a crescente competição entre os Estados Unidos e a China em África pela influência política e pelo acesso aos recursos naturais.
Habituado a apresentar o gigante asiático como o principal rival, Washington adverte regularmente contra o que considera ser a influência nefasta de Pequim no continente. Em 2022, a Casa Branca considerou que a China estava a tentar “promover os próprios interesses comerciais e geopolíticos [e] minar a transparência e a abertura.”
Fonte:da Redação e da angonoticias
Reeditado para:Noticias do Stop 2024
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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