presidencial de Joseph Kabila.
Realizada entre os dias 29 de Setembro e 15 de Outubro, envolvendo 1.179 inquiridos com mais de 18 anos residentes em todas as províncias do país, a sondagem foi a primeira realizada depois de ter sido publicada a lista definitiva de candidatos às presidenciais de Dezembro.
De acordo com os números da sondagem, Félix Tshisekedi recolheu 36 por centro das intenções de voto, seguido de Emmanuel Ramazani Shadary com 16 por cento.
Os números, segundo os dados divulgados resultaram do facto de algumas das pessoas inquiridas e que inicialmente haviam manifestado a intenção de votar em Jean-Pierre Bemba ou em Moise Katumbi, deram depois o seu apoio a Félix Tshisekedi.
A maioria presidencial, criada em volta de Joseph Kabila e que apoia Emmanuel Ramazani Shadary, já desvalorizou o resultado da sondagem, considerando-a “ilegal” e “despropositada”.
Esta mesma maioria su-blinha que a sondagem se destina a pressionar as forças da oposição a unirem-se em redor de Félix Tshisekedi para que este seja o candidato único da oposição nas eleições de 23 de Dezembro.
De recordar que na semana passada se realizou na África do Sul uma reunião entre representantes dos líderes de sete partidos da oposição, que se comprometeram a encontrar um candidato comum para se apresentar nas eleições presidenciais de 23 de Dezembro.
Depois da invalidação da candidatura de Jean-Pierre Bemba e da impossibilidade de Moise Katumbi formalizar a sua intenção de ir a votos, Félix Tshisekedi começou a ser visto como o potencial representante da oposição para rivalizar com o candidato da maioria presidencial.
Emmanuel Ramazani Shadary, homem de confiança do Presidente Joseph Kabila, vai ter naturais dificuldades em lidar com um rival que deverá contar com o apoio conjugado de todas as forças da oposição.
Os resultados desta sondagem deixam perceber que, talvez inadvertidamente, os obstáculos que foram colocados a Jean-Pierre Bamba e a Moise Katumbi para irem a votos, ajudaram a unir a oposição que assim fica focada apenas em Félix Tshisekedi na esperança de poder eleger um Presidente da República nas eleições do próximo dia 23 de Dezembro.
Com o início da campanha eleitoral à vista, a maioria presidencial já não tem muito tempo para articular uma estratégia que permita ao seu candidato direccionar a acção para uma postura menos comprometida com um passado e um presente onde a figura de Joseph Kabila continua a ser determinante, tanto para o bem como para o mal.
O processo de preparação das eleições tem sido marcado por alguma crispação, sobretudo em relação ao papel que a comunidade internacional reclama, mas a que as autoridades congolesas não querem dar ouvidos, apesar das dificuldades logísticas que continuam a ser evidentes, até pela dimensão do país e devido à situação de instabilidade militar que se sente nalgumas regiões.
Por outro lado, a questão da votação electrónica continua a separar a oposição das autoridades, havendo algumas manifestações em todo o país para forçar a comissão eleitoral a desistir deste sistema.
A Igreja Católica, que tem tido um papel importante no desenrolar de todo o processo, continua a insistir – juntamente com as Nações Unidas – na necessidade de que tudo decorra com transparência de modo a que as eleições exprimam mesmo aquilo que será a vontade expressa pelo povo quando na antevéspera do Natal for chamada a votar.
Fonte:da Redação e Por angonoticias.com
Reditado para:Noticias do Stop 2018