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Startup cria próteses personalizadas com impressão 3D

Impressão 3D: materiais impressos pela BioArchitects para uso medicinal

Tecnologia
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“Cada indivíduo tem características que o torna único. Por isso a importância de tratar cada paciente como singular e utilizar sua própria anatomia”, explica a BioArchitects em seu website.

Além do benefício de se pensar as próteses caso a caso, a empresa também promete queda nos custos para médicos, profissionais da saúde, hospitais e planos de saúde.

A impressão é usada não somente para a criação de próteses. Ela poderia mostrar fraturas graves em modelos impressos antes de uma cirurgia de correção, por exemplo. Com isso, se economiza tempo e dinheiro dentro de uma sala cirúrgica—que são dois itens de altos custos nessa conta.

“Alguns médicos começam a conversar conosco com o pé atrás. Desconfiam da tecnologia e acreditam que ela não trará benefícios tão grandes. Após demonstrações usando nossos produtos, no entanto, a maioria deles vê que trazemos benefícios práticos muito importantes”, contou a EXAME.com Felipe Marques, CFO da BioArchitects.

Na opinião dele, todo o trabalho da empresa (e de concorrentes que atuem na mesma área) terá um grande crescimento quando planos de saúde perceberem que isso é capaz de gerar economia. A partir desse ponto, as empresas terão um campo de atuação muito maior.

Potencial

Atualmente, a BioArchitects já trabalha em outros produtos. Um deles é um simulador para uso em faculdades de medicina. “Esse produto foi lançado em 2015. O acesso a cadáveres para uso em faculdades está cada vez mais difícil. O simulador feito com impressão é uma alternativa”, afirmou Marques.

Hoje, a BioArchitects trabalha com o desenvolvimento do seu modelo, assim como com a impressão em si. Mas no futuro, o objetivo é ser uma empresa detentora de propriedade intelectual e não focar na impressão.

O cenário visto por Marques e pela empresa é de oferecer serviços para hospitais, que poderiam até ter impressoras 3D em suas instalações. Moldes para testes ou mesmo as próteses poderiam ser impressas sob demanda dentro desses locais—isso cortaria, por exemplo, despesas com logística e diminuiria o tempo entre o pedido e a obtenção das peças.

 

Anvisa

 

Hoje, a empresa conta com um escritório em São Paulo e outro em Nova York. A ideia de contar com instalações nos Estados Unidos, no entanto, não era parte do plano inicial e veio por necessidade.

A razão para essa estratégia foi os problemas encontrados na aprovação das próteses no Brasil. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) dá aval apenas para próteses que tenham tamanhos definidos e não para peças personalizadas, de acordo com Marques. Ou seja, é preciso ter uma gama com tamanho pequeno, médio e grande, por exemplo.

Como a premissa do trabalho da BioArchitects foge disso, seria necessário fazer aprovação peça a peça—o que dificultou muito o trabalho da empresa. A aprovação, vale dizer, pode levar anos.

Após passar pelo processo de verificação, o FDA (Administração de Alimentos e Drogas, equivalente da Anvisa nos EUA) concedeu à BioArchitects o aval para trabalhar nos EUA. Agora, além de EUA, a empresa pode trabalhar em países que aceitem a verificação americana. Na América Latina, o Chile é um grande exemplo disso.

 

 

 

 

 

 

Fonte:Exame

Reditado para:Noticias Stop 2016

Fotografias:Getty Images / Reuters

Tópicos:Anvisa, Saúde no Brasil, Medicina, Ciência, Startups, Tecnologia

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