Com doze instrumentos científicos, a sonda realizará em 26 de abril a primeira descida ao espaço inexplorado de 2.400 km que há entre Saturno e seus anéis, destacou a Nasa.
“Nenhuma sonda se aventurou nesta região única que vamos tentar cruzar 22 vezes”, explicou Thomas Zurbuchen, da direção de missões científicas da Nasa.
“O que aprendermos das últimas órbitas da Cassini nos permitirá aperfeiçoar nossa compreensão da formação e evolução dos planetas gigantes e dos sistemas planetários em geral”, destacou o especialista.
Durante sua longa missão em torno de Saturno, Cassini fez descobertas importantes, como a existência de um vasto oceano sob a superfície gelada da lua Encélado, assim como mares de metano líquido em Titan, outro satélite de Saturno.
Vinte anos depois de seu lançamento e após treze anos de exploração do sistema de Saturno, a Cassini não tem muito combustível e foi preciso decidir a melhor maneira de completar a missão, destacou a Nasa.
“A Cassini fará algumas de suas observações mais extraordinárias ao final de sua longa vida”, destacou Linda Spilker, diretora científica da missão no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da Nasa em Pasadena, Califórnia.
A equipe científica espera obter valiosos dados sobre a estrutura interna de Saturno e a origem de seus anéis. Os pesquisadores também esperam obter imagens sem precedentes sobre as nuvens de Saturno.
Cassini começará sua primeira manobra para mergulhar em Saturno em cinco meses, com um último sobrevoo próximo à Titan em 22 de abril.
Quando Cassini fizer sua última imersão na atmosfera de Saturno, em 15 de setembro, a sonda continuará transmitindo os dados de vários de seus instrumentos, incluindo a composição atmosférica, até a perda do sinal.
Fonte:AFP
Reditado para:Noticias do Stop 2017
Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP