Descoberta sobre lua Europa poderá facilitar busca por vida

Europa: Nasa quer descobrir se água da lua de Júpiter pode abrir vida

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A descoberta traz mudanças muito importantes. A superfície de Europa é formada por gelo. Sob essa camada, acredita-se que está um enorme oceano de água líquida. As estimativas sugerem que a sua quantidade de água seja equivalente ao dobro da combinação de todos os oceanos da Terra.

De acordo com cientistas, o satélite é um dos locais com maiores chances de abrigar vida dentro do sistema solar. A exploração desse oceano subterrâneo, no entanto, não seria nada simples. Cientistas teriam que perfurar a camada inicial de gelo para que fosse possível buscar por componentes orgânicos e vida na água.

Essa era a opção até hoje. Com a descoberta, pode ser possível colher amostras da água na forma de vapor para os estudos sem que seja necessário uma missão de perfuração. “A observação aumenta a possibilidade de que missões a Europa possam retirar amostras do oceano sem a necessidade de perfurar quilômetros de gelo”, explica o comunicado da Nasa.

Seria possível, em tese, capturar o vapor que é expelido para além da camada de gelo. De acordo com a Nasa, as colunas chegam a ter cerca de 200 quilômetros de altura. Uma missão de exploração, portanto, não precisaria fazer a perfuração ou sequer aterrisar sobre a superfície. Bastaria coletar amostras do vapor durante um voo.

Em um comunicado publicado no site da Nasa, Geoff Yoder, da Diretoria de Missões Científicas da Nasa em Washington, reforça que o oceano subterrâneo de Europa é um dos principais locais que podem abrigar vida no sistema solar. “Se essas colunas realmente existirem, elas podem nos fornecer uma nova maneira de conseguir amostras da subsuperfície de Europa.”

Caso a descoberta seja confirmada, Europa seria a segunda lua do sistema solar com colunas de vapor d'água. Em 2005, a sonda Cassini da Nasa detectou colunas d'água e poeira em erupção na superfície da lua Enceladus de Saturno.

Na conferência realizada hoje, os cientistas afirmaram que, estatisticamente, as chances de que as observações não sejam confirmadas são baixas. Eles reforçam, no entanto, que ainda existe muito a ser compreendido sobre o fenômeno e sobre Europa como um todo.

A agência espacial espera usar as capacidades de observação em infravermelho do telescópio espacial James Webb para continuar as pesquisas e obter mais informações. O telescópio James Webb, no entanto, ainda não está operando. Ele deverá ser lançado apenas em 2018.

Outra possibilidade é a realização de missões para observação. Seria possível observar e confirmar a presença das colunas de vapor d'água com voos programados próximos à superfície do satélite.

A descoberta será publicada pela equipe, que é liderada por William Sparks, no periódico científico Astrophysical Journal no próximo dia 29.

 

 

 

 

 

Fonte:EXAME

Reditado para:Noticias Stop 2016

Fotografias:Getty Images / Reuters /EFE

Tópicos:Astronomia, Ciência, Espaço, Planetas, Telescópios

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