porém, modelos de 5,5 polegadas são bastante comuns. Até mesmo os iPhones já trazem esse tamanho nas versões Plus, de forma que um modelo de 6 polegadas já não é tão absurdo assim. Esse é o caso do Galaxy A9 Pro da Samsung, que tem como principal atrativo um espaço enorme para a bateria. E a Samsung aproveitou muito bem esse espaço.
Design e tela
Como acontece com todos os modelos da Samsung, a “identidade visual Galaxy” é inegável. O diferencial, comparado a modelos um pouco mais antigos, é a traseira em vidro. Um ponto muito bom, por sinal, já que aproxima o A9 Pro dos modelos mais avançados da empresa, como o Galaxy S7. Só que, bom, maior, fazendo o Galaxy S7 Edge parece pequeno ao ledo dele (em especial pela tela curva). As bordas de metal fecham o conjunto, com botões que parecem pequeno, à primeira vista. Na verdade, eles têm um tamanho normal, sendo uma questão de proporção.
Em relação à tela, temos precisamente zero críticas a fazer. Ela tem a tecnologia Super AMOLED de última geração. Em outras palavras, níveis de contraste absurdos e pretos “realmente pretos”, já que os pixels são ativados individualmente. À noite, quando usamos o smartphone na cama, esse quesito se mostra um importante diferencial em relação às telas IPS. A resolução aqui é o Full HD (1920 x 1080), o que pode parecer pouco, considerando o tamanho de 6 polegadas, mas ainda mantém uma densidade de pixels bastante satisfatória (367 PPI). Mais do que isso, não sobrecarrega a configuração, além de consumir menos energia, se comparado à resolução Quad HD. Para fechar, temos o Gorilla Glass 4 como proteção contra riscos e arranhões.
Configuração
Temos um ponto interessante aqui. Em especificações, o A9 Pro é um modelo mais interessante até do que o LG G5 SE, melhor modelo da empresa no Brasil. O chip é o mesmo (Snapdragon 652), mas são 4 GB de memória RAM aqui, contra 3 GB do modelo da LG. O Snapdragon 652 é um chip “intermediário-avançado“, batendo modelos mais básicos como o Snapdragon 617 (Idol 4) e Snapdragon 625 (Zenfone 3) em basicamente 2 quesitos importantes.
O primeiro deles é o tipo de núcleo presente no cluster de alto desempenho. Os dois modelos anteriores usam o Cortex-A53 nos oito núcleos, enquanto o Snapdragon 652 faz uso do Cortex A72 nesse cluster, usando o Cortex A53 a 1,4 GHz nos quatro núcleos de economia de energia. Ou seja, mesmo trazendo um clock menor do que o Snapdragon 625 (1,8 GHz contra 2,0 GHz deste), ele é mais poderoso, já que é capaz de realizar mais operações por ciclo.
Já o segundo é a GPU, a Adreno 510. Considerando a resolução de tela do A9 Pro (Full HD), ela é perfeitamente capaz de lidar com qualquer app ou jogo disponível na Play Store. Aliás, as modificações de interface da TouchWiz em cima do Android 6.0 são plenamente aproveitadas aqui. Cada transição, troca de apps, desligamento do aparelho ou mesmo o simples ato de desligar a tela foi cuidadosamente pensado pela Samsung. São pequenas animações que oferecem uma melhor experiência de uso. Isso sem travamentos ou atrasos.
Como memória interna temos 32 GB, mais ou suporte a cartões micro SD de até 256 GB. Isso dedicado, sem necessitar compartilhar o slot com o segundo chip SIM, como acontece em modelos mais baratos. É o suficiente para a grande maioria dos usuários, mas sinceramente esperávamos pelo menos 64 GB, tendo em conta o preço do aparelho no Brasil. Além disso, aumentaria, e muito, a sua relação custo-benefício, garantindo o investimento do usuário por uns bons anos.
Câmeras
Aqui temos um excelente exemplo de que quantidade de megapixels pouco diz sobre a qualidade das imagens. Mesmo trazendo 4 megapixels a mais do que o Galaxy S7 (16 mepagpixels), sua qualidade é perceptivelmente inferior. Isso não quer dizer que seja uma câmera ruim, porém. Com um sensor de 1/2.8” e abertura de f/1.9, as fotografias ficam excelentes em praticamente qualquer condição de luz. Há um modo manual, mas dificilmente o modo automático não dá conta do recado. De noite a qualidade cai, naturalmente, mas mesmo assim está de acordo com o que esperávamos de um aparelho que transita entre os segmentos intermediário e avançado em 2016.
Os vídeos, estranhamente, ficam restritos a 1080p@30fps. Provavelmente isso acontece apenas por uma questão de segmentação, já que o A9 Pro tem sensor de sobra para suportar o 4K. Basta considerarmos que o G5 SE vem com a mesma configuração e grava vídeos em 4k. Resolução máxima, aliás, também suportada pela câmera frontal, que tem 8 megapixels e também conta com abertura de f/1.9. A abertura da lente é fantástica, tranquilamente comportando uma boa quantidade de pessoas.
Apesar de não conseguir competir com os modelos avançados correntes, o A9 Pro dificilmente deixará alguém decepcionado. Seja na hora de tirar fotos ou de gravar vídeos.
Bateria (ahh, a bateria…) e extras
Vamos falar primeiro da bateria. Afinal, não colocamos os 5000 mAh no título à toa. Sim, são 5000 mAh de bateria para fazer você acreditar que baterias externas são coisas do passado. Você tem que se comprometer a acabar com toda a carga em apenas um dia (e olha que tentamos), já que o A9 Pro consegue ficar 2 dias fora da tomada sem grandes problemas. Se você for um pouco mais econômico, é possível até esticar até o terceiro dia. A tela também ajuda aqui, naturalmente, já que vem com uma resolução menor do que os tops de linha e é Super AMOLED, ajudando a economizar um pouco mais.
E vamos à lista de extras:
4G LTE dual-chip (slots dedicados);
Wifi nos padrões A, B, G, N e AC (banda dupla) e Wifi Direct;
Bluetooth 4.2 LE com A2DP e EDR;
Rádio RM com RDS e suporte a gravações de streaming de áudio;
Sensor de impressões digitais (botão Home) com suporte ao Samsung Pay;
GPS com A-GPS, GLONASS e BDS;
Sentimos falta somente do suporte a carregamento sem fios e de resistência à água, como acontece com o Galaxy S7. Há suporte à carregamento rápido (entrada micro USB 2.0) e entrada para fones de ouvido (temos que mencionar, considerando os últimos modelos). A caixa de som fica ao lado da entrada micro USB, contando com boa qualidade e volumes máximos bastante altos. Na embalagem temos o Galaxy A9 Pro, cabo USB, fones de ouvido intra-auriculares e carregador.
Conclusão
Ainda que os 5000 mAh de bateria seja um dos principais atrativos, há muita coisa boa no Galaxy A9 Pro. Nossa única observação aqui é que não é um modelo para qualquer um. Com 6 polegadas, recomendamos experimentá-lo primeiro para ver se ele não será um estorvo no seu dia a dia. Além de grande, seus 210 gramas fazem dele um modelo bastante pesado, outro ponto importante para experimentar. Afinal, estamos falando de um modelo anunciado por R$ 2799, ainda que ele seja facilmente encontrado por valores menores.
De qualquer forma, gostamos bastante dele. O A9 Pro é uma das melhores opções para quem realmente não quer se preocupar em ficar sem carga. Nada de levar baterias extras, dongles ou ser expert e caçar tomadas, e sim a certeza de ter um modelo que aguentará firme e forte mesmo com uso intenso. Se você é daqueles que priorizam a autonomia de bateria, uma boa configuração e não se importa em ter um modelo grande em mãos, o Galaxy A9 Pro é certamente o smartphone que você deve escolher.
Fonte:Showmetech
Reditado para:Noticias do Stop 2016
Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP