quantidade de carbono terrestre armazenado e suas oscilações.
O projeto Biomass, que deve ser colocado em prática em 2021, se integra à missão Earth Explorer da ESA, e sua exploração em órbita está programada para se prolongar por cinco anos, afirmou em comunicado a Airbus Defence and Space, a filial de defesa e espaço do gigante europeu.
O satélite levará o primeiro radar de abertura em banda P para uso espacial, graças ao qual poderá fornecer mapas "excepcionalmente precisos da biomassa florestal tropical, temperada e boreal" que não poderiam ser obtidos com as técnicas disponíveis desde a Terra, destacou o fabricante.
Além disso, o mecanismo recopilará igualmente informação sobre as florestas do planeta para determinar a distribuição de sua biomassa ao nível do solo e as mudanças que ocorrem ano por ano (é previsto que seja testemunha de oito ciclos de crescimento).
O radar de abertura sintética em banda P permitirá captar imagens para estimar a quantidade de biomassa sob qualquer condição climática.
Ele servirá para medir os aquíferos em zonas desérticas, a busca de fontes de água em zonas, para observar a dinâmica da camada de gelo, a geologia subterrânea e a topografia florestal.
Graças a sua capacidade de atravessar a coberta florestal até o solo, seus sensores possibilitarão o estabelecimento de mapas da altura do terreno, e isso melhorará os atuais modelos de elevação digital em zonas de floresta denso.
O satélite estará equipado com uma antena desdobrável de 12 metros de extensão, com refletores que já foram utilizados em quatro satélites de telecomunicações concebidos pela Airbus, "com excelente rendimento a frequências muito mais elevadas que a banda P.
O radar será fabricado na planta que o grupo tem em Friedrichshafen (Alemanha), sobre a base do legado histórico da Airbus Defence and Space nesse tipo de instrumentos.
Os dados do Biomass serão utilizados para REDD, uma iniciativa das Nações Unidas sobre a mudança climática cujo objetivo é reduzir as emissões causadas pelo desmatamento por um acompanhamento sistemático de florestas em áreas vulneráveis, mas sem intervenção no terreno.
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