A medida foi confirmada esta segunda-feira (29.05) na cidade da Beira pelo porta-voz da Associação dos Profissionais de Saúde de Moçambique (APSUSM), Josefino Alberto.
"A greve em causa, deve-se ao silêncio por parte do Governo, perante a carta reivindicativa submetida há quatro meses pela [Confederação Nacional dos Sindicatos Independentes e Livres de Moçambique] CONSILMO ao gabinete do Diretor Nacional de Saúde Pública e ao gabinete do excelentíssimo Ministro da Saúde, relatando a falta de grande parte dos medicamentos e artigos médicos nas unidades sanitárias e as injustiças salariais provocadas pela implementação da Tabela Salarial Única (TSU)”, explicou Alberto.
O porta-voz da associação dos Profissionais da Saúde avançou que a greve vai abranger todas unidades sanitárias moçambicanas, em várias áreas.
Caderno reivindicativo
A organização enviou cartas ao Ministério da Saúde para a discussão do caderno reivindicativo, mas o diálogo tem sido recusado sob o argumento de que a associação não é legalmente reconhecida por ainda não ter os seus estatutos publicados no Boletim da República.
"Ameaças e tentativas de coação ou de impedimento ao exercício de direito à greve. A substituição pelo ministério da Saúde dos agentes e profissionais por outros profissionais que a data da convocação desta greve não estavam afetos a estes locais de trabalho constitui uma violação do nº 8 do artigo 202 da Lei do Trabalho em vigor no país", avisa a Associação.
Mosambik Armindo Tiago, GesundheitsministerMosambik Armindo Tiago, Gesundheitsminister
Armindo Tiago, ministro da SaúdeFoto: DW/D. Anacleto
Em entrevista ao canal de televisão privado - STV, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, apelou aos profissionais para não aderirem à greve convocada pela associação do setor, remetendo respostas às reivindicações para negociações em curso.
"São três aspetos que quero considerar. Primeiro, nenhuma greve resolve problemas”, advogou Tiago acrescentando que "apelamos a estes colegas que querem ir para greve a entenderem que não há greve que resolve problema”.
O dirigente garantiu ainda que "nós como Ministério da Saúde e como Governo já iniciamos o processo de conversa com os representantes desta associação”, concluiu.
A Associação queixa-se da situação que se vive nos hospitais, onde "os pacientes são obrigados a comprar soro" e os funcionários colocam a sua própria saúde em risco por falta de material apropriado.
Fonte:da Redação e da DW
Reeditado para:Noticias do Stop 2023
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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