Só na semana que terminou sexta-feira, 7 de janeiro, foram relatados à Diretor-geral da OMS quase 9,5 milhões de infeções pelo SARS-CoV-2, um recorde e um agravamento de 71% em relação à semana anterior. Um balanço que Tedros Ghebreyesus receia ter sido desvalorizado.
Só na sexta-feira foram registados mais de 300 milhões de novas infeções em todo o mundo, agravadas sobretudo pela Ómicron, e um total de 34 países registaram novos recordes diários de novos casos, incluindo 18 na Europa e sete em África.
Os números de hospitalizações mantém-se longe dos números de há um ano, mas continuam a subir e agravados sobretudo pelos não vacinados, atualmente a minoria nos países europeus, mas ainda um vasto número de pessoas vulneráveis à Covid-19.
Desde que foi identificada na África do Sul, no final de novembro, a mais recente VdP propagou-se rapidamente, já afeta pelo menos 150 países, sendo já a dominante em vários, incluindo Portugal.
O Reino Unido é o país mais afetado pela Ómicron, com mais de 245 mil casos detetados e 75 mortes registadas.
A maioria dos internados em cuidados intensivos em países da União Europeia são pessoas não vacinadas, o que comprova também que as vacinas autorizadas pela Agência Europeia do Medicamento (EMA) mantém-se eficazes perante a Ómicron na prevenção da doença grave e morte.
[Quais são os principais sintomas da Ómicron?]
Notou-se também que o período de infeção, dada a menor severidade, se reduziu para entre cinco e sete dias, o que já levou muitos países a rever os períodos de quarentena para os "doentes covid", incluindo Portugal.
Apear de estar a impulsionar com grande frequência novos recordes diários de infeções, a Ómicron não está a ter reflexos num agravamento das hospitalizações, o critério agora mais relevante para se aferir o nível de ameaça da pandemia.
Com muitos dos infetados com esta nova variante a revelarem-se assintomáticos, estes são os principais sintomas gerados pela Ómicron e que devem ser tidos em conta:
Tosse seca;
Cansaço;
Pequena irritação na garganta;
Dores de cabeça;
Febre ligeira;
Uma pequena parte dos doentes diagnosticados com a Ómicron na África do Sul revelaram febre alta, tosse recorrente e perda de paladar ou olfato. Os sintomas mais graves registam-se sobretudo em pessoas não vacinadas contra a Covid-19.
A descoberta
A variante denominada B.1.1.529 foi descoberta pela investigadora portuguesa Raquel Viana a 19 de novembro, de uma amostra recolhida dez dias antes, e foi reportada à Organização Mundial de Saúde (OMS) a 24 de novembro, a um mês do Natal.
Foi designada, dois dias depois, como “Variante de Preocupação” (VdP) devido sobretudo à rápida propagação verificada e às dezenas mutações encontradas. Integrando esta lista foi rebatizada como Ómicron.
O Grupo de Consultoria Técnica para a Evolução do Vírus SARS-CoV-2 da OMS (TAG-VE, na sigla anglófona), reunindo uma rede de laboratórios de referência da OMS para estudar a Covid-19, tem vindo a pesquisar intensivamente a nova variante, tendo encontrado uma série de mutações, inclusive na proteína S ou “spike” (espícula), a responsável pela infeção das células.
A OMS apela aos diversos países para partilharem os dados dos respetivos "doentes covid" hospitalizados para se acelerar o conhecimento da Ómicron e recomenda aos cidadãos as medidas elementares para conter a infeção:
distanciamento social de pelo menos um metro;
uso de máscaras homologadas;
ventilação regular de espaços fechados;
evitar espaços sobrelotados;
lavar regularmente as mãos;
tossir ou espirrar protegendo-se com o cotovelo ou um lenço;
vacinar-se tão rápido quanto possível.
Os dados preliminares sugerem um maior risco de reinfeção, em comparação com as VdP anteriores, mas ainda não há uma conclusão clara desta ameaça. As vacinas continuam a ser consideradas eficazes e os testes PCR detetam a Ómicron.
Não é claro que a nova variante cause mais doença grave do que as anteriores, incluindo a Delta. Os dados preliminares mostram apenas um aumento de hospitalizações, particularmente na África do Sul.
Uma nova variante em estudo
Foi entretanto identificada no Chipre o que se pensa ser uma nova variante do SARS-CoV-2 que combina as duas últimas VdP, a Delta e a Ómicron.
De forma informal, esta suposta nova estirpe foi denominada "Deltacron", e está a ser analisada, prevendo-se que no decorrer da próxima semana possam ser reveladas os primeiros dados sobre esta alegada variante.
"Vamos avaliar se esta estirpe é mais patológica ou contagiosa e se tem força para prevalecer [perante as variantes anteriores]", expicou Leondios Kostrikis, professo de ciências biológicas da Universiadde do Chipre, em entrevista à Sigma TV.
A apelidada "Deltacron" foi detetada em pelo menos 25 casos ativos no Chipre, apresentando "a assinatura genética da Ómicron com os genomas da Delta. "Atualmente existem duplas infeções com Ómicron e Delta. Nós descobrimos uma combinação das duas", sublinhou Kostrikis.
As análises preliminares mostraram que a frequência relativa da infeção combinada é mais alta entre os pacientes hospitalizados com Covid-19 do que em doentes covid não hospitalizados. Os dados recolhidos já foram partilhados como sistema GISAID, a base de dados internacional que acompanha a evolução do vírus e o estudo vai prosseguir.
De momento, esta é uma variante que ainda no preocupa a OMS.
Dois anos de SARS-CoV-2
Há cerca de dois anos que convivemos por todo o mundo com o vírus SARS-CoV-2, a causa da Covid-19. Ao longo deste tempo, este último membro da família coronavírus já infetou mais de 306 milhões de pessoas e custou cerca de 5,5 milhões de vidas por todo o planeta, impulsionado por pelo menos cinco VdP.
Fonte:da Redação e da euronews.com
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