O governante falava esta quarta-feira, na cidade da Matola, província de Maputo, na abertura do Trigésimo quarto Conselho Coordenador da instituição que dirige.
Na ocasião, Mesquita apontou a necessidade de a classe dirigente também fazer uma introspecção para identificar e eliminar os custos supérfluos sem afectar os resultados.
Mesquita arrolou as despesas em combustíveis, lubrificantes, viagens, horas extras, energia, comunicações e consumíveis como algumas que exigem contenção imediata, destacando o aumento da produção e da cobrança de receitas como principais armas para ajudar Moçambique a sair da crise que atravessa.
“Os contratos e acordos comerciais tóxicos, que lesam as entidades e o Estado também devem ser revistos. Este é o momento para privilegiarmos e maximizarmos o uso dos serviços disponibilizados dentro do sector, porque só assim estaremos a contribuir para o aumento do Produto Interno Bruto e para a estabilização da taxa de câmbio”, disse.
A aposta do Governo, segundo Mesquita, é assegurar a expansão da arrecadação de receitas internas para cobrir até 75 por cento do Orçamento Geral do Estado em 2016, algo que só será possível com o empenho de todos os quadros do sector, particularmente os que estão afectos nas áreas produtivas.
Mesquita reafirmou a abertura do governo para trabalhar em conjunto com o sector privado no que concerne aos instrumentos normativos, procedimentos, consulta e harmonização estratégica dos objectivos e metas institucionais, implementação de projectos e melhoria do ambiente de negócios.
“O sector de transportes e comunicações é muito importante para o desenvolvimento porque é através dele que os produtos chegam as mãos dos consumidores. O sector é dinamizador da indústria e comércio, pois na sua estrutura necessita de veículos, correios, navios, portos, comunicações, entre outros, que constituem a cadeia produtiva”, disse Mesquita.
O titular do pelouro dos transportes e comunicações também apontou a necessidade de se optimizar os serviços de cabotagem marítima para facilitar a integração económica e cultural.
“E necessário rigor na logística dos transportes para a solução de problemas que encarecem o serviço nos portos, navios, comunicações deficientes, taxas e despesas exageradas, demora exorbitante nos portos, instâncias aduaneiras, além do excesso de burocracia, perdas, destruição e danos nos produtos “anotou.
O custo de transporte, segundo o ministro é parte fundamental na formulação do preço dos bens. Por isso, a baixa qualidade na infra-estrutura e nos serviços tem impacto directo na sociedade em geral, razão pela qual urge mudar este paradigma.
Parte das empresas do sector estão numa situação económica delicada, que deve ser revertida, reconheceu Mesquita, apontando que diante deste cenário adverso é possível investir em iniciativas que darão frutos a médio e longo, prazos, investindo em tecnologias e sistemas de gestão empresarial.
“Analisando cada sector da empresa é possível verificar se o negócio é rentável, se há algo a melhorar, se há como economizar em determinados processos ou se a instituição está a reagir as exigências do mercado”, destacou.
Na ocasião o governador da província de Maputo, Raimundo Diomba, destacou a esta parcela do país possui infra-estruturas de transporte estratégicas que servem não só Moçambique, mas também a região da África Austral como é caso do complexo portuário da Matola, a linha férrea de Ressano Garcia, Goba e Limpopo que jogam papel fundamental na economia nacional.
Diomba apontou como desafios para o sector na província de Maputo, a melhoria na oferta nas redes de transportes de passageiros, telecomunicações, criação de uma terminal de transportes rodoviários interprovincial e internacional entre outros.
Fonte:Rm.co.mz
Reditado por:Noticias Stop 2016