supermercado.
Em declarações recentes à DW África, o empresário lamentou a invasão russa. Cossa disse também ao canal moçambicano STV que "o Ocidente tem grande culpa", porque deixou o conflito alastrar-se durante muitos anos.
A DW entrevistou o ministro conselheiro da Embaixada de Moçambique na Alemanha, Julião Langa, sobre as ações para resgatar Cossa, bem como sobre as medidas de Maputo para apoiar os cerca de 15 estudantes moçambicanos que se refugiaram na Polónia, fugindo da guerra na Ucrânia.
DW África: O que está a ser feito para localizar Álvaro Simão Cossa?
Julião Langa (JL): Na verdade, confirmou-se este rapto e a nossa Embaixada em Moscovo está a interagir com a família. As démarches diplomáticas estão a ser feitas através do Ministério dos Negócios Estrangeiros em Maputo. Essas démarches consistiram na comunicação às embaixadas da Ucrânia e da Rússia no sentido de se envidarem esforços para localizar o nosso concidadão com saúde e em melhores condições, para voltar para junto da família.
DW África: O que conseguiram apurar até agora? Sabe-se alguma coisa do estado de saúde deste moçambicano?
JL: Como tem vindo a ser noticiado na imprensa nacional, não há indicação de quem perpetrou este ato. Neste momento, o Governo está a tentar localizá-lo e a pedir a ajuda dos dois países, e de outros, que possam prestar apoio na sua localização. Não há nenhuma reivindicação de uma ou de outra parte de ter feito esta ação, portanto, não sabemos onde o nosso concidadão está.
DW África: Calculamos que ainda não se conheçam os motivos deste rapto...
JL: Efetivamente. É uma zona de guerra, decorre um conflito armado e não sabemos qual seria a motivação. É um cidadão moçambicano que vive lá há mais de 30 anos e não é parte de nenhum conflito.
DW África: A família também pediu a rápida intervenção do Governo para o esclarecimento do caso. Certamente estão a trabalhar nesse sentido...
JL: A nossa Embaixada em Moscovo está em contacto com a família, a família pediu o apoio diplomático necessário para localizar o familiar.
DW África: Também há outros moçambicanos a residir na Ucrânia. Estão em contacto com estas pessoas e a ajudar no repatriamento dos que queiram deixar a Ucrânia ou os países vizinhos?
JL: Tínhamos cerca de 15 estudantes na Ucrânia e, logo que eclodiu o conflito, estivemos em contacto permanente com os estudantes.
Fizemos tudo que estava ao nosso alcance para ajudá-los a abandonar aquele país e, efetivamente, abandonaram. Estão nos países vizinhos em segurança e de boa saúde. Neste momento, o Governo de Moçambique está com um programa em mãos para o respetivo repatriamento, que será implementado em breve.
Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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