Seca já se reflecte no “Grossista”

Na verdade o preço dos produtos é alto porque os nossos agricultores não têm quase nada nas suas machambas.

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Neste momento os poucos produtos que são comercializados no “Zimpeto” são provenientes da África do Sul, uma vez que em algumas regiões ainda é possível produzir, apesar das dificuldades.

Trata-se de tomate, batata, cebola, repolho, cenoura e feijão-verde, que actualmente estão dependentes exclusivamente da importação, uma vez que os agricultores moçambicanos já não têm disponibilidade nas suas machambas.

Por exemplo, dos vinte e cinco a trinta camiões de tomate que em média são necessários para abastecer o Zimpeto apenas cinco dão entrada naquele mercado distribuidor por estes dias. Segundo Moisés Covane, administrador do mercado, a situação está a encarecer o preço dos produtos, porque os comerciantes compram-nos a preço alto na África do Sul, pagam direitos para a mercadoria entrar no país e têm de arcar com os custos de transporte.

A nossa Reportagem, que ontem visitou o “Grossista”, constatou que uma caixa de 20 quilogramas de tomate chega a ser vendida a 950,00 meticais, contra os anteriores 450,00 a 500,00 meticais. Um saco de 10 quilogramas de batata subiu dos 230,00-260,00 para 300,00 meticais e igual quantidade de cebola está a 250,00 meticais, contra os anteriores 140,00.

Outros produtos frescos não menos importantes geralmente vendidos aos montinhos que sofreram algum incremento no custo são o feijão-verde, a cenoura, a beterraba, o alho e o repolho. Produtos como pepino e pimenta, que geralmente são vendidos a retalho, também sofreram uma subida considerável porque as zonas produtivas enfrentam carência de água.

O nosso interlocutor referiu que o preço dos principais produtos frescos só poderá melhorar caso a chuva venha a cair, mas não de imediato, porque é preciso lançar a semente à terra e esperar a germinação até à maturação.

“Na verdade o preço dos produtos é alto porque os nossos agricultores não têm quase nada nas suas machambas. Aliás, os sul-africanos também estão a ser atingidos pela seca e não têm como atender as necessidades. Neste momento importamos de regiões onde ainda é possível produzir”, disse Covane.

 

 

 

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