A tecnologia para a geração desta energia, sobretudo para alimentar o sector do caju, foi apresentada na reunião provincial de energia promovida pelo governo local para avaliar o ponto de situação da electrificação e perspectivas para suprir o défice com base em iniciavas empresariais.
Ao apresentar a tecnologia, Pedro Semedo, gestor da empresa Electrotécnica Lda, disse que gerar energia eléctrica de biomassa passa pela disponibilidade de uma caldeira para a produção de vapor para alimentar o gerador de energia eléctrica.
Trata-se, segundo Semedo, de uma tecnologia que já foi usada entre as décadas 60 e 70 sobretudo pelos industriais do caju em Nampula.
Na Ilha de Moçambique e em Angoche, segundo Semedo, existe parte do equipamento necessário para produzir energia com base na casca de castanha de caju.
“A Electrotécnica, Lda aposta na castanha de caju por se tratar de uma matéria-prima de que o pais em geral dispõe e a província de Nampula dispõe deste produto em quantidades consideráveis tendo em conta que é a maior produtora de castanha de caju no país”, explicou a fonte.
Semedo apontou a necessidade de se buscar informação relativa aos cálculos da eficiência, sobretudo na relação entre a quantidade de casca e a potência eléctrica obtida, avançando que estudos para o efeito serão feitos em breve na Itália.
A província de Nampula conta actualmente com 10 fábricas de descasque de castanha de caju com uma capacidade global de laboração de 40 mil toneladas anuais e um saldo de cerca de 24 mil toneladas de casca.
Estas quantidades, segundo Semedo, são suficientes para garantir o funcionamento das unidades de geração de energia eléctrica com recurso a biomassa.
O uso da casca de castanha de caju para a geração de energia eléctrica vai aliviar a pressão que a rede nacional sofre para fornecer energia a província de Nampula com necessidades cada vez mais crescentes de consumo.
Fonte:RM
Reditado para:Noticias do Stop 2017