O encontro que junta todos os directores provinciais do sector permitiu, igualmente, estabelecer a harmonização de procedimentos e melhoria da qualidade dos serviços prestados ao público nas províncias.
Falando na sessão de abertura, o Ministro do pelouro, Carlos Mesquita, referiu que as calamidades naturais que se abateram sobre o País no ano passado, principalmente no primeiro semestre, comprometeram, sobremaneira, o alcance de algumas metas planificadas, havendo, por isso, necessidade de maior empenho para que, neste ano, o sector concretize as acções previstas no Plano Económico e Social, PES - 2016.
Outro aspecto preocupante é a actuação dispersa e diferenciada dos organismos do sector ao longo do País.
Por isso, “há necessidade de harmonizar os procedimentos, mecanismos e estratégias a nível de coordenação e comunicação com base nos pilares do Governo para que, no fim, tenhamos informação padronizada e uma plataforma de comparação uniforme”, disse o ministro.
Aos directores provinciais, Carlos Mesquita exortou para que implementem as directivas do Governo central pois, além de compromissos internos, “o País tem responsabilidades a nível regional, através dos seus grandes corredores de desenvolvimento, nomeadamente Maputo, Beira e Nacala”, tendo em conta o papel do sector dos Transportes e Comunicações do País, na região.
No que diz respeito aos principais desafios do sector para o ano de 2016, o ministro dos Transportes e Comunicações afirmou que os mesmos estão ligados à necessidade da continuação da mobilização de investimentos para a prossecução da implementação dos grandes projectos do sector, com destaque para a ampliação das infra-estruturas e o aumento da oferta e qualidade do serviço de transportes, para responder à crescente demanda, bem como a formação de recursos humanos especializados.
“Sobre os recursos financeiros, acreditamos que, com a natureza do nosso trabalho, podemos criar interesse e mobilizar o sector privado a interagir connosco, através das parcerias público-privadas. Entretanto, para que isso aconteça é necessário que tenhamos pessoal especializado para fazer face aos desafios e criar sustentabilidade em todas as acções”, referiu.
Embora tenha sido a região mais afectada pelas calamidades naturais, a região norte do País foi uma das que teve melhor desempenho, sendo a província de Nampula a que mais se destacou.
Naquela província, segundo o respectivo director dos Transportes, Francisco Bonzo, em 2015, foram concluídas as obras de construção do Aeroporto Internacional de Nacala, que já está certificado para receber voos internacionais e aeronaves de grande porte.
Igualmente, no mesmo período, foi concluída a fase de emergência de reabilitação do Porto de Nacala, cuja capacidade de manuseamento de carga contentorizada aumentou de 100.000 para 170.000 TEUs, à semelhança do terminal de granéis líquidos, cuja capacidade passou de 500 metros para 1.200 metros cúbicos.
Em relação ao Terminal de Carvão de Nacala-a-Velha, cujas obras foram também concluídas, referiu que esta infra-estrutura já exportou em Novembro, na fase experimental, cerca de 400 mil toneladas, prevendo-se que este ano exporte cerca de nove milhões de toneladas.
Esta infra-estrutura deverá ser inaugurada oficialmente, nos próximos dias.
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