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Sábado, nov.
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População encontra corpos ao tentar reconstruir casas

Cabo Delgado
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Lusa.
"Íamos procurar corda para reconstruirmos as nossas casas destruídas pelos insurgentes, quando sentimos um cheiro forte: aproximámo-nos e vimos que eram ossadas humanas", relatou um dos habitantes da aldeia de Citate, no distrito de Meluco. "Desconfiamos que são pessoas que foram mortas aquando do ataque de janeiro", acrescentou, acompanhado por outro morador.
Dois corpos estavam juntos, perto da aldeia, enquanto um terceiro foi descoberto num local mais afastado. Aquele corpo foi identificado como um idoso de 63 anos conhecido como "um dos grandes sapateiros" daquela zona e que estava desaparecido desde o dia do ataque.
"Ele fugiu sozinho e encontrámo-lo a uns quatro quilómetros da aldeia", acrescentou o mesmo habitante.
Novo pico de ataques, alerta MSF
A ofensiva militar apoiada pelo Ruanda e países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), em curso desde julho de 2021, tem desfeito as operações de rebeldes em Mocímboa da Praia e Palma, em redor dos projetos de gás, no norte da província.
Meluco, a par de Macomia, tem sido desde setembro de 2021 um dos distritos do sul de Cabo Delgado a ser alvo de ataques dispersos de grupos armados que se julga estarem em fuga daquela ofensiva.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou na quarta-feira que a província vive nas últimas semanas um "novo pico de ataques e violência", que causou "mais uma vaga de milhares de pessoas deslocadas em apenas algumas semanas no final de janeiro, a maior registada nos últimos meses".
Os MSF contabilizaram "mais de 20 ataques a quatro aldeias nas últimas duas semanas, com 2.800 casas danificadas ou destruídas no distrito de Meluco e em zonas do sul do distrito de Macomia".
"Pelo menos 14 mil pessoas tiveram de fugir em busca de segurança e meios básicos de sobrevivência", acrescentaram.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Fonte:da Redação e da dw
Reeditado para:Noticias do Stop 2022
Outras fontes • AFP, AP, TASS, EBS
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