Governo Emite Alerta Laranja Institucional

Este alerta é activado para todo o País.” -apontou o Director do Centro operativo nacional de Emergência, CENOE, Maurício Xerinda.

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“Decretado o Alerta Laranja institucional, isto significa que é activado o Centro nacional operativo de Emergência, CENOE, e também são activados os Centros nacionais de emergência ao nível provincial e dos distritos. Este alerta é activado para todo o País.” -apontou o Director do Centro operativo nacional de Emergência, CENOE, Maurício Xerinda.

Xerinda esclareceu que face a este alerta, vai-se intensificar a divulgação de mensagens de prevenção para a população e também de como é que se deve proceder, isto no que diz respeito aos diversos problemas ou fenómenos que se verificam em cada região do país.

Para a região sul do País, se a seca persistir, segundo previsões do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional, SETSAN, mais de um milhão de pessoas poderão enfrentar a insegurança alimentar.

Segundo o técnico do SETSAN, António Paulo, na província de Maputo cento e trinta e três mil pessoas poderão ser afectadas. Em Gaza, o número poderá rondar as quatrocentas e dezoito mil pessoas e em Inhambane poderá estar um pouco acima das quinhentas mil pessoas, no caso extremo de não haver chuva que permita colher, isto para aquelas famílias que dependem principalmente da produção agrária para ter alimentos. “Esse é o extremo”- sublinhou António Paulo.

O Conselho Técnico de Gestão de Calamidades, CTGC, esteve reunido esta sexta-feira em sessão ordinária de trabalho, em Maputo, para analisar os cenários meteorológico e hidrológico prevalecentes na presente época chuvosa e ciclónica 2015/2016, bem como as previsões hidro-meteorológicas para os próximos dias.

Analisando detalhadamente o cenário meteorológico e hidrológico, com base em análises feitas pelo Instituto Nacional de Meteorologia, INAM, pela Direcção Nacional de Gestão de Recursos Hídricos, DNGRH e pelo Secretariado Técnico de Segurança Alimentar, SETSAN, o CTGC constatou que o país está já a registar chuvas intensas no Norte, saturando os solos e causando inundações localizadas.

O CTGC constatou ainda a ocorrência de escassez de precipitação em algumas zonas do centro e em quase toda região sul, agravando a situação da seca que se regista desde a época chuvosa passada.

O Norte do país recebeu muita precipitação nos últimos 10 dias, mais 50 milímetros de precipitação em 24 horas, prevendo-se uma precipitação acumulada de cerca de 300 milímetros nos próximos 15 dias nas províncias de Cabo Delgado, Niassa e Nampula.

Na mesma sessão, o CTGC constatou que a presente época chuvosa e ciclónica tem sido caracterizada pela ocorrência de vagas de calor, com maior incidência nas zonas centro e sul do país, situação que resulta na deterioração da situação da seca, causando danos na agricultura e pecuária.

Adicionalmente, o CTGC constatou que, no geral, as principais bacias hidrográficas do centro e sul país continuam a registar escoamentos baixos.

Face as constatações acima, o CTGC analisou e decidiu activar o ALERTA LARANJA INSTITUCIONAL para todo o território nacional, como forma de incrementar maior operacionalização das acções do Plano de Contingência, evitar perdas de vidas humanas e destruição de infra-estruturas sociais e económicas, bem como prestar maior atenção aos grupos mais vulneráveis, crianças, mulheres grávidas, idosos e doentes crónicos.

O CTGC recomenda aos Centros Operativos de Emergência e aos Comités Locais de Gestão do Risco de Calamidades para a observância de todas as medidas previstas no ALERTA LARANJA INSTITUCIONAL, designadamente:

Proceder ao pré posicionamento de meios de busca, salvamento e assistência humanitária;

Inventariar o estado das infra-estruturas essenciais, rotas de evacuação e locais de abrigo;

Coordenar com as instituições competentes, acções preventivas pertinentes;

Sensibilizar a população para se retirar das zonas de risco e escutar atentamente os avisos emitidos pelas autoridades competentes através dos meios de comunicação social;

A população vivendo perto dos rios Maputo, Umbeluzi, Incomáti, Limpopo, Inhanombe, Mutamba, Govuro, Save e Zambeze, deve ser orientada a praticar agriculta do ciclo curto perto das margens dos rios e fixação de abrigos temporários;

Apelar a população para criar reserva de alimentos e uso racional da água nas zonas com escassez, incluindo a redução de áreas de rega em função da disponibilidade;

Consciencializar os pequenos, médios e grandes agricultores para migração tecnológica, Gota a Gota e Aspersão;

De forma organizada e cuidadosa, estimular a construção de poços ao longo das margens dos rios para a captação de água apenas para o consumo humano e aberberamento do gado;

Fornecer produtos para a purificação da água quando retirada de locais impróprios, potenciais zonas de contaminação, e educar a população sobre a sua utilização;

Monitorar todos os fenómenos susceptíveis de colocar em risco vidas humanas, infra-estruturas e outros bens;

Manter-se em Estado de Alerta máximo.


Fonte:rm.co.mz ( STOP ) 2016

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