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Sábado, mar.
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“DIFERENÇAS DE IDEIAS NÃO DEVEM ESTAR ACIMA DOS INTERESSES DO POVO”

Nacional
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“Queremos aproveitar esta ocasião para apelar a Renamo, para que tal como no passado, mostremos que não há barreiras intransponíveis quando colocamos os interesses do povo e da nação moçambicana  acima  de tudo. Essa foi a lição de Samora, essa é a mensagem que recebemos de todos os moçambicanos. Certamente que as nossas diferenças na forma de olhar Moçambique irão continuar, todavia, essas diferenças não se devem sobrepor aos interesses do nosso povo”, sublinhou o Presidente da República.

No comício, Nyusi sublinhou ser importante que a verdade sobre a Tragédia de Mbuzini  seja conhecida.

Sobre este assunto, o antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano, disse que faltou uma investigação profunda aos dados da caixa negra do avião presidencial que se despenhou naquele local, na África do Sul.

Joaquim Chissano falou ainda sobre os caminhos para a paz em Moçambique.

“Em 1992, o povo escolheu chamar-me a mim o obreiro da paz mas queria dizer aqui a primeira pessoa que estendeu a mão a Renamo para a reconciliação, para a paz foi Samora Moisés Machel. Hoje vale dizermos a Renamo para agarrar esta mão estendida. Houve negociações em Pretória conduzidas por Samora Machel entre o governo moçambicano e a Renamo, não é uma coisa nova esta de nós lutarmos pela paz. Samora Machel conduziu o processo. Portanto, hoje também, lembramos que é preciso fazer a paz e a reconciliação, disse o antigo estadista moçambicano, Joaquim Chissano e os caminhos para a paz em Moçambique.  

Por sua vez, Graça Machel, viúva do Primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel, pediu paz efectiva no país, em solidariedade a todas as mães e viúvas de Mbuzini e em nome de todos os moçambicanos.

“Nós mães e viúvas de Mbuzini, sabemos e vivemos com a dor de uma morte violenta causada deliberadamente por outros seres humanos. Em solidariedade com todas as viúvas e mães deste país, queremos dizer calem as armas de uma vez por todas. Acabe o conflito neste país ! Nós sabemos e vivemos com essa dor e não queremos mais ninguém a continuar para sempre, dia após dia, a viver aquilo que nós vivemos. Os nossos filhos cresceram sem conhecer os pais, os nosso netos não sabem o que é o colo dos seus avos, mas isso tem que acabar. Esta família moçambicana tem de saber se abraçar. O diálogo, diálogo, diálogo deve prevalecer para que não seja a voz das armas para nos trazer juntos”, frisou Graça Machel, viúva do Primeiro Presidente de Moçambique, Samora Machel.

Por outro lado, sugeriu que os órgãos de comunicação social usem, nos próximos dias, com mais regularidade a cara, voz e as funções de cada um dos mártires de Mbuzini, em benefício das gerações mais novas, que não viveram aquele momento.

“O seu nome, o que fazia, valorizando-os muito mais do que apenas referir-se a eles como as outras famílias. Acontece que Moçambique reconheceu tão bem a igualdade daqueles que tombaram em Mbuzini, naquele monumento, em que cada pilar erguido é exactamente igual a outro. A nossa dor é igual também”, acrescentou Graça Machel.

 

 

 

 

Fonte:RM

Reditado para:Noticias Stop 2016

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