Mais de duas mil pessoas deslocadas em Moçambique devido à seca e crise militar

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"No total, temos 2.372 pessoas a receberem assistência básica", disse Ana Cristina, diretora de Prevenção e Mitigação do INGC, apontando a seca e as confrontações militares entre as Forças de Defesa e Segurança e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) como as principias causas das movimentações.

Trata-se dos centros de acomodação dos distritos de Gondola, Báruè e Mussurize, na província de Manica, no centro de Moçambique, ativados há mais de dois meses, no quadro das estratégias de assistência das populações afetados pela seca, que deixou mais de 1,5 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar.

O centro de acomodação de Mussurize alberga o maior número de vítimas, totalizando 1.611 pessoas, seguido de Báruè, com 646, e Gondola, com 115.

"Estamos a contar com o apoio dos nossos parceiros para a assistência das pessoas", afirmou a directora de Prevenção e Mitigação do INGC, observando que é difícil distinguir as pessoas que procuram ajuda devido à seca das que fogem das confrontações militares.

A região centro de Moçambique tem sido a mais atingida por episódios de confrontos entre o braço armado da Renamo e as Forças de Defesa e Segurança, existindo denúncias mútuas de raptos e assassínios de dirigentes políticos das duas partes.

As autoridades moçambicanas acusam a Renamo de uma série de emboscadas nas estradas e ataques nas últimas semanas, em localidades do centro e norte de Moçambique, atingindo postos policiais e também assaltos a instalações civis, como centros de saúde ou alvos económicos, como comboios da mineira brasileira Vale.

O líder da Renamo já reconheceu a autoria de vários ataques, justificando com a estratégia de dispersar as Forças de Defesa e Segurança da serra Gorongosa, onde supostamente permanece refugiado.

Apesar da frequência de casos de violência política, as duas partes voltaram ao diálogo em Maputo, com a presença de mediadores internacionais, mas ainda não são conhecidos avanços.

O maior partido de oposição não aceita os resultados das ultimas eleições e exige governar as seis províncias onde revindica vitória no escrutínio.

 

 

 

 

 

Fonte:Lusa

Reditado para:Noticias Stop 2016

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