Danish Satar desembarcou no passado dia 31 de Dezembro, no aeroporto internacional de Maputo, vindo da Itália onde foi detido pela Polícia Internacional, INTERPOL, para continuar a ser ouvido num processo que estava sendo acusado desde 2012.
O porta-voz do comando geral da polícia, Inácio Dina, diz que mesmo não havendo acordos de extradição entre Moçambique e a Itália, foi possível, pelo interesse de ambas polícias, trazer o foragido por via da cooperação entre as polícias internacionais das quais Moçambique faz parte.
Segundo Inácio Dina, Danish Satar saiu da prisão sob pagamento de caução, para aguardar julgamento em liberdade, tendo em seguida e sem autorização se ausentado do país.
Falando esta terça-feira, no habitual breafing semanal, Inácio Dina disse que a detenção de Danish Satar aconteceu em finais de Outubro na cidade de Roma quando pretendia registar-se numa unidade hoteleira e o seu nome chamou atenção por constar na lista de cidadãos procurados pela INTERPOL.
O cidadão de nacionalidade moçambicana estava foragido desde Julho de 2012 quando deixou precipitadamente a capital de Moçambique, Maputo, alegadamente com destino ao Dubai, um dia depois da Polícia ter detido sete cidadãos suspeitos de serem os autores materiais dos raptos que continuam a assolar as cidades de Maputo, Beira e Nampula.
Poucos dias antes Danish havia sido detido pela Polícia de Investigação Criminal mas um juiz não legalizou a sua prisão, alegadamente por falta de provas.
Danish é indiciado da prática dos crimes de sequestro/rapto e cárcere privado, sendo que os processos onde é acusado já estão a ser tramitados a nível dos órgãos de administração da Justiça.
Inácio Dina, porta-voz do comando geral da PRM, diz esperar que as audições que estão a decorrer tragam elementos que ajudem a esclarecer a onda de raptos que aconteceram, um pouco pelo país, em 2015.
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