distrito de Moatize, província de Tete.
Aquela agência das Nações Unidas expressou a sua preocupação com as condições de vida dos moçambicanos que tendem a agravar-se no centro de acolhimento de Kapise, no distrito malawiano de Mwanza, junto a fronteira com Moçambique.
Embora louvando o Malawi por acolher moçambicanos no centro de Kapise, o ACNUR manifesta a sua preocupação com a deterioração das condições de vida no local, afirmando que o acampamento está superlotado.
Designando os moçambicanos como requerentes a asilo ou refugiados, mas sem a prévia observância dos procedimentos exigidos, o ACNUR diz que precisa de quinze milhões de dólares para garantir a devida resposta do ponto de vista humanitário.
"Precisamos de fundos para implementar vários programas devido ao crescente número de recém-chegados de Moçambique traduzindo-se no excesso de trabalho e numa maior pressão sobre os poucos recursos disponíveis "- disse a representante do ACNUR no Malawi Monique Ekoko.
O ACNUR avança que uma parte dos fundos seria aplicada na prestação de serviços básicos.
Em princípio, os moçambicanos serão realojados nos próximos dias no centro de Luwani, no distrito de Neno, um cenário que é interpretado como uma tentativa do ACNUR para que os moçambicanos permaneçam no Malawi por tempo indeterminado.
No passado, o centro de Luwani albergou milhares de moçambicanos durante a guerra de desestabilização.
O governo moçambicano garantiu, esta terça-feira, no final da sessão semanal do Conselho de Ministros que vai prestar assistência humanitária aos seus cidadãos em Kapise e criar condições para o seu regresso.
Entretanto, dois diplomatas acreditados em Lilongwe visitaram há dias o centro de acolhimento de Kapise para se inteirar das condições de vida dos moçambicanos.
Trata-se dos embaixadores da Alemanha e do Brasil, nomeadamente Peter Woeste e Gustavo Nogueira.
Acompanhados pela representante do ACNUR no Malawi Monike Ekoko, os dois diplomatas expressaram a sua preocupação em relação ao congestionamento do centro de Kapise e as precárias condições de vida.
"Estamos extremamente gratos pelo apoio que recebemos dos nossos doadores, pois é através desse apoio que podemos dar assistência aos moçambicanos"- disse Ekoko.
Aquela agência da ONU apelou ao governo do Malawi para fornecer mais terra para reduzir o congestionamento em Kapise. (RM Lilongwe)
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