Trata-se de uma infra-estrutura orçada em cerca de 200 milhões de dólares norte-americanos, construída com base num investimento privado.
A central, com uma capacidade instalada para a geração de cerca de 100 Megawatts, compreende um grupo de 13 geradores com uma capacidade individual de 9,5 MW, accionados por motores a gás.
A capacidade da central ora inaugurada pelo Chefe do Estado, que conta actualmente com 75 trabalhadores, representa cerca de 24 por cento das necessidades da região sul de Moçambique, excluindo a MOZAL, o que constitui uma contribuição assinalável para a redução do défice energético.
O gás usado naquele empreendimento, que na fase de construção empregou 600 trabalhadores, é fornecido pela empresa Matola Gás Company (MGC) a partir de uma derivação do gasoduto de Pande para a África do Sul e toda a energia produzida é fornecida a empresa pública Electricidade de Moçambique, EDM.
Falando durante o evento, Filipe Nyusi, destacou que aquela central termoeléctrica resulta de uma parceria entre o Governo e o sector privado. Aliás, aquela infra-estrutura é testemunho da importância das parcerias público/privadas onde o Ministério dos Recursos Minerais e Energia e EDM-EP jogou papel relevante.
“O desenvolvimento de infra-estruturas económicas e sociais de qualidade constituem um elemento determinante para assegurar o bem-estar da população e a base para o incremento da actividade produtiva constituindo uma das prioridades da nossa governação”, disse o estadista moçambicano.
Moçambique, segundo Nyusi, possui um enorme potencial no domínio energético cuja exploração sustentável das diferentes matrizes pode ser uma fonte de obtenção de receitas e um catalisador da industrialização.
“Este empreendimento vai melhorar o acesso a energia para o consumo doméstico, agrário e industrial, conferindo uma maior segurança de fornecimento e reduzindo a dependência de fontes externas”, disse o Chefe do Estado.
O Governo, segundo Nyusi, pretende induzir a transformação estrutural da economia, agregando valor aos produtos primários e fazer da energia um motor para o desenvolvimento económico e da industrialização.
Para a zona sul, o programa inclui a conclusão da central termoeléctrica a gás natural de Kavaninga, no distrito de Chókwè, com capacidade para a geração de 40 MW, bem como o início, ao longo do corrente ano, da construção de uma central termoeléctrica de ciclo combinado com base no gás natural com capacidade para a geração de 100 MW na cidade de Maputo e o reforço das infra-estruturas de distribuição para a superação das restrições no fornecimento de energia na região sul.
“Nas infra-estruturas de transporte destaque vai para a construção da linha da alta tensão Ressano Garcia/Macia a ser concluída em 2017 e da linha de alta tensão Linde/Mapai cujas obras terminam este ano”, destacou o Presidente.
Na região centro, segundo Nyusi, estão a ser reabilitadas, com o seu término agendado para o presente ano, as centrais de Chicamba e Mavuzi com capacidade total de 90 MW. As obras contemplam ainda o reforço da capacidade da subestação de Matambo em Tete, prevendo-se que as obras sejam concluídas no presente ano, e da subestação de Chibata em Manica com o término agendado para 2017.
“Ainda para o presente ano será reforçada a linha de transporte de energia Chibata/Dondo”, revelou o Presidente da República.
Na região norte, o chefe do Estado destacou o funcionamento, para breve, da central de Nacala, com uma capacidade de 115 MW e das centrais a base de energia solar em Mocuba, 40 MW e em Metoro, 30 MW.
Nyusi apontou outros projectos de impacto, tais como a instalação da subestação de Namialo em 2017, que vai beneficiar as cidades de Nacala e Pemba, bem como das centrais de emergência nas cidades de Quelimane, Nampula, Pemba e Lichinga e a construção da linha de transporte de energia Caia/Nacala a iniciar em 2017.
O programa contempla ainda a prossecução da electrificação dos últimos seis distritos ainda não electrificados em Moçambique.
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