que Trump usou o Twitter para se queixar das políticas econômicas e militares de Pequim.
O telefonema incomum de Trump à presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, na sexta-feira, resultou em um protesto diplomático no sábado, embora o vice-presidente eleito dos EUA, Mike Pence, tenha minimizado a conversa, dizendo que foi uma ligação “de cortesia”, sem intenção de mostrar uma guinada na política norte-americana em relação à China.
Em Pequim, o porta-voz da chancelaria Lu Kang não disse com todas as letras para quem a China apresentou “representações severas” a respeito do telefonema de Trump, repetindo um comunicado do final de semana segundo o qual a queixa foi encaminhada ao “lado relevante” nos EUA.
“O mundo inteiro conhece a posição do governo chinês sobre a questão de Taiwan. Acho que o presidente eleito Trump e sua equipe também a entendem”, disse Lu em um boletim diário à imprensa.
“O lado chinês em Pequim e Washington apresentou representações solenes ao lado relevante nos EUA. O mundo entende muito bem a posição solene da China. O lado dos EUA, incluindo a equipe do presidente eleito Trump, entende muito bem a posição solene da China nesta questão”.
Trump, que durante a campanha rotulou a China como manipuladora do câmbio, voltou a usar uma retórica dura no domingo.
“A China nos perguntou se estava tudo bem desvalorizar a moeda (tornando difícil para nossas empresas competirem), taxar pesadamente nossos produtos que entram em seu país (os EUA não os taxam) ou construir um imenso complexo militar no meio do Mar do Sul da China? Acho que não!”, tuitou o novo mandatário.
China, Taiwan, Filipinas, Vietnã, Malásia e Brunei reivindicam partes ou a totalidade do Mar do Sul da China, que é rico em fontes energéticas e pelo qual trilhões de dólares de remessas navegam anualmente.
O contratempo diplomático foi um de vários do republicano ultimamente.
A conversa com Tsai Ing-wen foi a primeira de um presidente ou presidente eleito norte-americano a um líder taiwanês desde que o então presidente Jimmy Carter reconheceu Taiwan como parte de “uma China” em 1979. Pequim vê o território como uma província renegada.
Fonte:Reuters
Reditado para:Noticias Stop 2016
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