Até agora só existiam suspeitas sobre o envolvimento dos Estados Unidos na invasão de computadores de colaboradores do ex-presidente Nicolas Sarkozy durante os dois turnos da eleição presidencial em maio de 2012, afirma o jornal.
"Descobrimos um 'malware' - um software malicioso - que tinha a mesma assinatura de outro que identificamos em um ataque contra a Comunidade Europeia em 2010", disse Bernard Barbier, ex-diretor técnico da Direção Geral de Segurança Exterior (DGSE) da França, durante uma conferência em junho.
"Apenas os Estados Unidos ou a Rússia poderiam ter realizado esta primeira operação. Em 2012 tínhamos mais meios para trabalhar nos metadados. Conclui que só podiam vir dos Estados Unidos", acrescentou Barbier.
Durante esta conferência, citada pelo Le Monde, Barbier explica que recebeu "a ordem do sucessor de Sarkozy (François Hollande) de ir aos Estados Unidos repreendê-los. Fui em 12 de abril de 2013. Foi um grande momento em minha carreira".
"Estávamos certos de que foram eles. No fim da reunião, Keith Alexander (ex-chefe da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) não estava feliz", prosseguiu.
"Quando estávamos no ônibus, me disse que estava decepcionado porque achou que jamais os detectaríamos. E acrescentou: 'são bons'", disse Barbier, diretor-técnico da DGSE entre 2006 e 2014.
Segundo documentos obtidos pelo WikiLeaks e divulgados em 2015 pela imprensa francesa, os três últimos presidentes franceses, Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy e François Hollande, foram espionados pelos Estados Unidos entre 2006 e 2012.
Fonte:AFP
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters
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