Será o segundo ano seguido que a marcha LGBT de Istambul, descrita no passado como a maior no mundo muçulmano, é bloqueada por autoridades da cidade.
O grupo ultranacionalista Alperen Hearths ameaçou, na semana passada, impedir a marcha caso as autoridades não agissem. Neste sábado, o escritório do governador afirmou que tomou sua decisão pela preocupação com a segurança dos participantes, turistas e residentes.
Os organizadores da marcha disseram que ainda vão discutir uma resposta.
A Parada do Orgulho Gay em Istambul - cidade vista como refúgio relativamente seguro para a comunidade gay de qualquer outro lugar no Oriente Médio, incluindo refugiados da Síria e Iraque - é geralmente um evento pacífico.
Há dois anos, no entanto, a polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar os participantes após organizadores afirmarem que tiveram suas permissões recusadas por coincidir com o mês sagrado do Ramadã.
A homossexualidade não é considerada crime na Turquia, ao contrário de muitos outros países muçulmanos, mas a homofobia continua sendo generalizada. Críticos dizem que o presidente Tayyip Erdogan e seu partido de raíz islâmica mostraram pouco interesse em expandir os direitos para minorias como gays e mulheres, e que são intolerantes em relação à dissidência.
Fonte:da Redação e Por Estadão Conteúdo
Reditado para:Noticias do Stop 2017
Fotografias:Getty Images/Reuters/EFE/AFP