O professor John Curtice, da Universidade Strathclyde de Glasgow, analisou uma séries de pesquisas realizadas desde o referendo de 23 de junho, em que 52% dos eleitores apoiaram a saída da UE.
"Continuamos divididos desde então e poucos mudaram de opinião", disse em um ato em Londres.
Ainda assim, os eleitores estão controlando suas expectativas de que a ruptura com a UE irá supor uma redução na imigração ou uma economia que possa desviar-se da saúde pública.
"Antes do referendo, cerca de metade das pessoas esperava que o nível de imigração caísse como consequência do Brexit", afirmou. "Agora esse número caiu para 45%".
Quando perguntados sobre o que esperam do Brexit, a maioria dos britânicos disse que o fim da liberdade de movimento dos cidadãos europeus, mas também que permaneça o acesso ao mercado comum, algo que Bruxelas já disse que será impossível.
No governo da primeira-ministra Theresa May há ministros que querem um Brexit "puro e duro", que implicaria romper totalmente com a UE, e existe os que preferem um compromisso que permita continuar a relação com o mercado único, como a Suíça ou Noruega.
As negociações não começarão ao menos até 2017, data mínima imposta por May para ativar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa para os países que querem abandonar o bloco.
Fonte:AFP
Reditado para:Noticias Stop 2016
Fotografias:Getty Images / Reuters /EFE
Tópicos:Brexit, Pesquisas, Europa, Reino Unido, Países ricos, União Europeia