decreto, suspender direitos civis e proibir publicações.
O presidente do país, o islamita Recep Tayyip Erdogan, anunciou que esta medida permitirá dar "de forma mais eficiente os passos para eliminar o mais rápido possível a ameaça à democracia, o estado de direito e os direitos de nossos cidadãos".
"Esta medida não é contra a democracia, o estado de direito e a liberdade. Pelo contrário, tem o propósito de fortalecer e proteger esses valores", disse Erdogan, após se reunir com o Conselho Nacional de Segurança e, horas depois, com o gabinete de ministros.
O estado de emergência dá amplos poderes ao Executivo para governar mediante decretos-lei que devem ser debatidos no parlamento só 30 dias após sua entrada em vigor.
As forças de segurança estão autorizadas a disparar se suas ordens não forem obedecidas ou se encontram resistência armada. Os agentes que se estiverem implicados nesses casos serão investigados sem ser previamente detidos.
O presidente invocou o artigo 120 da Constituição turca que permite estabelecer o estado de emergência no caso de atos de violência que ameacem a democracia.
O estado de emergência pode ser ampliado por quatro meses, sem limite de renovações, mediante aprovação do Parlamento, onde o AKP, partido do governo Erdogan, tem maioria absoluta.
Mesmo antes da publicação do estado de emergência, cerca de 50 mil pessoas, entre funcionários e trabalhadores privados, tinham sido suspensos de seus empregos por uma suposta vinculação à rede de seguidores de Fethullah Gülen, o clérigo islamita exilado nos EUA e acusado pelo governo turco de orquestrar o golpe. EFE
Fonte:EFE
Reditado para:Noticias Stop 2016
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Tópicos:Democracia, Turquia, Ásia, Europa