A reforma visa, segundo o governo, dar mais flexibilidade às empresas para lutar contra um desemprego de massa (mais de 10%), mas tem sido considerada muito liberal pelos seus detratores.
O texto confere maiores poderes às empresas em termos de organização do tempo de trabalho e de dispensa.
Os críticos argumentam que ela aumentará a precariedade trabalhista.
Há dois meses, sindicatos de trabalhadores e estudantes se manifestam contra o projeto. Como parte dessa mobilização, nasceu o movimento cidadão "Nuit debout", que ocupa a emblemática Place de la Republique, em Paris, e outros lugares em várias cidades.
Logo após o anúncio da decisão do governo, o "Nuit debout" afirmou em um comunicado que a aprovação da lei trabalhista sem o voto do Parlamento é "um insulto ao povo".
"Esta negação da democracia depois de um movimento social que reuniu centenas de milhares de pessoas nas ruas, nas empresas, nas universidades, nas escolas secundárias e nas praças da França, é um insulto para o povo", indicou o movimento.
Com a decisão tomada nesta terça-feira de impor a lei contornando o debate parlamentar, o governo francês, já impopular, corre o risco de aumentar o já crescente descontentamento dos seus próprios eleitores.
E compromete ainda mais as chances da esquerda na eleição presidencial de 2017.
Fonte:AFP
Reditado por: Stop Noticias 2016
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