imagens do aeroporto antes dos atentados.
Se esta hipótese for confirmada, Fayçal Cheffou, acusado por "assassinatos terroristas" e atualmente detido, seria o misterioso "homem de chapéu" que aparece nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Bruxelas no dia dos ataques.
No vídeo, o homem, usando um casaco claro e uma camisa celeste, caminha perto dos dois suicidas antes das explosões.
Najim Laachraoui e Ibrahim El Bakraoui explodiram seus artefatos um minuto antes das 08H00 no aeroporto de Bruxelas-Zaventem.
Ele foi detido na quinta-feira, quando era seguido pelos investigadores e passava justamente diante da procuradoria de Bruxelas.
Por ora, a procuradoria federal não determinou claramente se ele é o "homem do chapéu" que aparece nas imagens.
Fontes ligadas às investigações afirmaram no sábado à AFP que se trata da Cheffou, 30 anos, um jornalista independente que foi acusado no ano passado de recrutar jihadistas entre os refugiados que chegam à Europa.
Ele morava em um bairro tranquilo situado perto de onde se encontram as instituições do governo europeu.
Seus vizinhos o descrevem como uma pessoa amável e discreta.
Cheffou pode ser visto em um vídeo postado no YouTube, em 2014, no qual pede que seja respeitado o direito dos solicitantes de asilo.
Com um microfone na mão, aparece com cabelo bem curto e uma barba cuidada, na saída de um centro de detenção para migrantes, acusando a administração de servir comida fora do horário que determina a lei islâmica durante o Ramadã, o jejum sagrado dos muçulmanos.
Vinz Kanté, apresentador de um programa da rádio Fun Radio na Bélgica, trabalhou com ele em 2008 em outra estação e se lembra dele como alguém "apaixonado e inteligente, que ouvia as pessoas". "Ele amava o jornalismo, a televisão e a mídia", declarou à rádio RTL.
Mas seu ex-colega também lembra de como progressivamente começou a falar de teses conspiratórias cada vez mais paranoicas que achava na internet.
"Ele via o mal por todos os lados", contou Vinz Kanté, acrescentando que, por causa disso, começou a se afastar dele.
Em 2015, Cheffou começou a chamar a atenção das autoridades, que o acusam de recrutar jihadistas entre os solicitantes de asilo.
As autoridades chegaram a revistar sua casa, onde não encontraram armas ou explosivos.
Fornecido por:AFP 2016 ( Stop.co.mz )