Em entrevista à TV pública belga "RTBF", ele explicou que os rápidos avanços da investigação sugerem que os autores pertencem ao grupo de Salah Abdeslam, considerado o provável líder logístico dos atentados de Paris em 13 de novembro e detido em Bruxelas na sexta-feira passada.
Nesta linha, o coordenador europeu da luta antiterrorista descartou que os autores do duplo atentado de ontem, que matou 31 pessoas e deixou outras 270 feridas, pertençam a um grupo paralelo fora do radar das forças de segurança.
Além disso, ele concedeu que é possível que novos atentados voltem a acontecer em território europeu porque "quanto mais pressão se exercer sobre o Estado Islâmico (EI) na Síria e Iraque", mais tentados os jihadistas se sentem a atacar contra os países que se envolvem nos combates.
Neste momento, acrescentou Kerchove, o EI está "na defensiva" no Iraque e na Síria perante o avanço do exército curdo dos "peshmerga" e dos bombardeios da coalizão internacional.
"Precisamos esperar, pelo menos, o planejamento de ataques", acrescentou o especialista, que destacou que a Europa diminuiu sua "vulnerabilidade" nos últimos tempos e está detendo suspeitos.
Kerchove reconheceu que a "Bélgica é um país pequeno" e que "faz o que pode" em matéria de segurança. Contudo, disse que é "extremamente difícil prevenir" um atentado de "pessoas dispostas a morrer" para matar outras.
Os ataques de ontem aconteceram no terminal de embarque do Aeroporto Internacional de Bruxelas e em uma estação de metrô do centro da capital belga muito próxima à sede das instituições europeias.
A Promotoria Federal belga disse hoje que identificou dois dos quatro supostos autores dos ataques, os irmãos Brahim e Khalid el Bakraui, que se suicidaram no Aeroporto Internacional de Zaventem e na estação de metrô de Maalbeek, respectivamente.
Além disso, há um segundo suicida no aeroporto que ainda não foi identificado, da mesma forma que um terceiro suposto terrorista que foi ao aeroporto com seus dois companheiros e que aparentemente fugiu.
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