Em entrevista coletiva em Beirute, onde está em visita oficial, a chefe da diplomacia comunitária mostrou esperança com a retomada das conversas de paz em Genebra, cuja próxima rodada está prevista para o começo de abril.
No entanto, o regime sírio parece defender adiá-la até após as eleições parlamentares, convocadas para 13 de abril, o que é criticado pela oposição.
Há três dias, o mediador da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, disse que enquanto a oposição entrou rapidamente em questões de fundo para uma transição política, o governo insiste em resolver questões de procedimento.
Mogherini ressaltou que compartilha com o Líbano a convicção de que "o pluralismo é o ponto forte de nossas sociedades".
"Sei que isto é difícil atualmente, mas devemos demonstrar que a coexistência é possível apesar de nossas diferenças", acrescentou em seu pronunciamento junto do ministro libanês de Relações Exteriores, Gebran Basil.
O chefe da diplomacia do Líbano destacou que "a solução política na Síria é a única que permitirá resolver a crise dos refugiados".
Basil indicou que o Líbano não forçou nenhum refugiado a deixar o país, em alusão à medida adotada pela UE, mas acrescentou que "o assentamento definitivo dos refugiados sírios não está autorizado pela Constituição".
As autoridades libanesas temem que a comunidade internacional busque assentar definitivamente os refugiados sírios no país, onde, segundo a Acnur, há 1,1 milhão de deslocados, número que o governo libanês eleva para entre um milhão e meio e dois milhões.
A esse respeito, Mogherini garantiu que a UE continuará ajudando o Líbano a enfrentar a crise dos refugiados e apoiando a estabilidade neste país.
A alta representante da UE para a Política Externa se reuniu em Beirute também com o primeiro-ministro, Tamam Salam.
Ela ainda se reunirá com o presidente do parlamento, Nabih Berri, e visitará um campo informal e uma escola pública com refugiados sírios.
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